Chuvas no Nordeste
Como o turismo se prepara para a baixa temporada

Com a proximidade do período chuvoso no litoral nordestino, o setor turístico se mobiliza para enfrentar a baixa temporada. Enquanto os meses de alta estação, como dezembro e janeiro, garantem grande fluxo de turistas, o outono e o inverno trazem desafios para empresários e trabalhadores do ramo.
Hotéis, pousadas e restaurantes já adotam medidas para equilibrar as finanças durante os meses de menor movimento. Descontos em hospedagem, pacotes promocionais e eventos locais são algumas das estratégias utilizadas para atrair turistas mesmo com o clima menos favorável.
A oferta de turismo gastronômico e cultural também ganha força nesse período. “Muitos turistas vêm para conhecer a culinária típica e a história da região, independentemente do tempo. Apostamos nisso para manter nosso público”, afirma João Silva, gerente de uma pousada em Porto de Galinhas.
Impactos no comércio
As chuvas reduzem o número de banhistas nas praias, mas beneficiam setores como o de artesanato e passeios em locais fechados, como museus e igrejas históricas. “A gente sente uma queda nas vendas, mas ainda há quem compre lembranças e produtos locais”, conta Maria do Carmo, artesã em Natal.
Para evitar impactos drásticos, muitos empresários fazem uma reserva financeira durante os meses mais lucrativos. “Sabemos que o movimento cai, então guardamos uma parte dos ganhos para cobrir despesas na baixa temporada”, explica Pedro Almeida, dono de um restaurante em Maceió.
Mas logo vem o segundo semestre. E também pensando nisso, o setor já se prepara para o retorno do turismo intenso, principalmente com feriados e festividades regionais que ajudam a impulsionar a economia.
Apesar dos desafios impostos pelas chuvas, o turismo nordestino continua buscando soluções para manter sua relevância e garantir a sustentabilidade econômica ao longo do ano.
