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Comparada a prostituta, mulher de Trump cobra indenização de meio bilhão

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Melania Trump, mulher de Donald Trump, o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, está processando um jornal britânico e um blogueiro americano. Ela pede uma indenização de US$ 150 milhões (R$ 487 milhões) por danos morais causados por alegações de que ela teria sido uma profissional do sexo nos anos 1990, segundo seu advogado.

O jornal The Daily Mail sugeriu que Melania teria aceitado trabalhos como acompanhante em Nova York, e que teria conhecido o seu marido, Donald Trump, em uma época anterior à que se supunha.

Essas alegações seriam mentirosas, segundo o advogado Charles Harder. “Os réus fizeram várias afirmações sobre a senhora Trump que são 100% falsas e tremendamente danosas à sua reputação pessoal e profissional”, disse Harder em um comunicado.

“As ações dos réus são tão graves, maliciosas e prejudiciais para a senhora Trump que os danos são estimados em US$ 150 milhões.”

Leia a queixa completa de Melania Trump (em inglês)Ele protocolou uma queixa em uma corte no condado de Montgomery, no Estado de Maryland.

Melania Trump, de 46 anos, nasceu na Eslovênia, e se mudou aos EUA para trabalhar como modelo nos anos 1990. Ela se casou com Donald Trump em 2005. Webster Tarpley escreveu em seu blog que ela temia que seu passado viesse à tona.

Documentos apresentados no tribunal mostram que o artigo publicado no site do Daily Mail citou informações veiculadas na revista eslovena Suzy que dizem que a agência de modelos para a qual Melania trabalhava também funcionava como agência de acompanhantes.

O jornal também cita o jornalista esloveno Bojan Pozar, autor de uma biografia não autorizada, na qual alega que Melania teria posado nua para fotos em Nova York em 1995 e que teria conhecido Donald Trump naquele ano – três anos antes da data relatada oficialmente como a do primeiro encontro, em 1998.

Os advogados do casal dizem que ela se mudou para os EUA em 1996.

Tarpley alegou que Melania seria “obcecada pelo medo de revelações de clientes abastados dos tempos de acompanhante de luxo” e que teria sofrido um “colapso nervoso generalizado”.

A retratação do Daily Mail, publicada na noite de quinta-feira, insiste que o jornal não deu a entender que as alegações de que ela teria trabalhado como acompanhante sejam verdadeiras, apenas que, mesmo se forem falsas, poderiam afetar a campanha presidencial.

Em julho, Melania Trump esteve envolvida em uma acusação de plágio, após seu discurso na convenção republicana. Várias frases do discurso repetiam quase que palavra por palavra o discurso proferido pela primeira-dama Michelle Obama na convenção democrata de 2008.

Uma funcionária da Organização Trump, Meredith McIver, depois admitiu que participou da redação do discurso, assumindo a culpa pelo erro.

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