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Compulsão alimentar, o problema e a solução

A compulsão alimentar é um problema que atinge milhares de pessoas no mundo todo, principalmente adolescentes e adultos, mas também pode afetar as crianças. Suas causas, muitas vezes, estão relacionadas às tentativas de lidar com dificuldades emocionais ou outros tipos de conflitos, na qual a pessoa come para acalmar a ansiedade, bloquear pensamentos ou sentimentos dolorosos ou como alívio de tensões e momentos de estresse.

Segundo o psicólogo e especialista no assunto, Jonathan Araújo, o transtorno de compulsão alimentar ocorre quando há episódios recorrentes. Dietas muito restritivas também podem favorecer o surgimento desse transtorno, devido às privações de alimentação que podem se alternar com episódios de comer de forma exagerada.

Jonathan explica que uma pessoa que possui o transtorno de compulsão alimentar, geralmente vivencia episódios em que come muito mais rápido do que o usual, uma grande quantidade de alimentos, mesmo sem estar com fome, come até se sentir desconfortavelmente “cheio”, e às vezes pode sentir vontade de comer sozinho, por se sentir constrangido pela quantidade que se está comendo.

“É comum que a pessoa se sinta deprimida, aborrecida consigo mesma e muito culpada por estar comendo de maneira exagerada, outro fato, muito marcante, é a perda de controle durante esses episódios, por exemplo, a sensação de que não pode parar de comer ou controlar o que ou quanto se está comendo. O transtorno de compulsão alimentar é caracterizado quando esses episódios ocorrem de forma recorrente, no mínimo, duas vezes por semana”,afirma.

Tratamento
A notícia boa é que há tratamento, mas segundo o especialista, antes de tudo, é importante saber que é difícil delimitar um período específico para a sua duração, já que cada pessoa se desenvolve à sua maneira e tem seu próprio tempo para, de fato, conseguir alcançar uma melhora.

Segundo o psicólogo, é importante entender que o compulsivo alimentar, quando tem problemas emocionais, experimenta uma fome que é psicológica e se volta para a comida como um meio de se acalmar. Assim, quando as pessoas comem de forma compulsiva, estão usando a comida porque se sentem incapazes de lidar com suas questões psíquicas.

“Por isso, o foco do tratamento é fazer com que a pessoa aprenda a se alimentar de acordo com suas necessidades fisiológicas e aprenda a lidar de maneira saudável com suas questões psíquicas, como ansiedade, estresse, outras emoções, desenvolvendo habilidades para isso”, esclarece Jonathan.

Por não ser caracterizada como uma doença comum, em que se toma uma medicação, ou se realiza outros procedimentos e, pronto, se está curado, Jonathan explica ainda que é necessário que o tratamento seja feito de maneira a ajudar o paciente a ter controle sobre sua compulsão, de forma que ele consiga enxergar outros caminhos para aliviar suas questões, que não o comer compulsivo. E quando o paciente se dedica ao tratamento, de fato, a taxa de sucesso é muito grande e a qualidade de vida tem uma melhora bastante satisfatória.

Dicas
Para finalizar, Jonathan explica que para evitar o transtorno, é muito importante se cuidar, psicologicamente falando, no intuito de conseguir lidar bem com suas emoções, níveis de estresse, em suas relações com os outros e consigo mesmo, e, para isso, fazer psicoterapia pode ser um auxílio bem significativo nesse processo.

Além disso, é interessante observar a forma como se alimenta, se come muito rápido, se come o bastante para se saciar ou além disso, para entender se há algo em que deve se atentar ou se precisa fazer alguma mudança nesse sentido.

Evitar pensamentos ruins que ajudam a desenvolver a compulsão alimentar pode não ser fácil, mas é possível. Trabalhar a autoestima e buscar ajuda profissional, ao se sentir incomodado com seus hábitos alimentares e seus pensamentos de fuga para os problemas, é muito importante.

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