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Comunismo é ideologia, mas a mídia dá as costas

Os ex-presidente Lula da Silva e Dilma Rousseff após a cerimônia de posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A cerimônia reuniu vários candidatos no primeiro dia da corrida eleitoral. Moraes é relator do inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (STF) e se destaca no combate à desinformação, tema central no debate eleitoral. Sérgio Lima/Poder360 16.ago.2022

O ministro Alexandre de Moraes merece a solidariedade de todas e todos os democratas por ter sido xingado e ter seu filho agredido fisicamente quando a família, no aeroporto de Roma, preparava-se para voltar ao Brasil.

É inadmissível que o ministro ou sua família fossem sequer abordados agressivamente em um momento da vida privada.

Além disso, os agressores chegaram a atingir fisicamente o filho do ministro.

Eles responderão a inquérito na Polícia Federal. Afinal, são acusados de praticarem alguns crimes. Deverão ser julgados e condenados, tendo que pagar exemplarmente pelo que fizeram.

Mas um detalhe chama a atenção na farta cobertura jornalística sobre o incidente. A quase totalidade dos jornalistas que noticiaram ou comentaram as agressões referiram-se a xingamentos, incluindo “bandido, comunista e comprado”.

Foi, sim, notória a intenção do grupo de xingarem o ministro.

Mas, a quase unanimidade da imprensa teria tratado como xingamento se tivessem usado “democrata” para atacar Alexandre de Moraes?

No entanto, o Brasil vive uma democracia, dois partidos estão legalmente registrados como comunistas: o PCdoB e o PCB.

O ministro é presidente do Tribunal Superior Eleitoral e convive naturalmente com tal realidade. Entende “comunista” como mera opção ideológica.

Já é tempo de profissionais e veículos de mídia evoluírem nessa direção, desgarrando-se do jargão típico da ditadura militar.

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