O ministro Alexandre de Moraes merece a solidariedade de todas e todos os democratas por ter sido xingado e ter seu filho agredido fisicamente quando a família, no aeroporto de Roma, preparava-se para voltar ao Brasil.
É inadmissível que o ministro ou sua família fossem sequer abordados agressivamente em um momento da vida privada.
Além disso, os agressores chegaram a atingir fisicamente o filho do ministro.
Eles responderão a inquérito na Polícia Federal. Afinal, são acusados de praticarem alguns crimes. Deverão ser julgados e condenados, tendo que pagar exemplarmente pelo que fizeram.
Mas um detalhe chama a atenção na farta cobertura jornalística sobre o incidente. A quase totalidade dos jornalistas que noticiaram ou comentaram as agressões referiram-se a xingamentos, incluindo “bandido, comunista e comprado”.
Foi, sim, notória a intenção do grupo de xingarem o ministro.
Mas, a quase unanimidade da imprensa teria tratado como xingamento se tivessem usado “democrata” para atacar Alexandre de Moraes?
No entanto, o Brasil vive uma democracia, dois partidos estão legalmente registrados como comunistas: o PCdoB e o PCB.
O ministro é presidente do Tribunal Superior Eleitoral e convive naturalmente com tal realidade. Entende “comunista” como mera opção ideológica.
Já é tempo de profissionais e veículos de mídia evoluírem nessa direção, desgarrando-se do jargão típico da ditadura militar.