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Condenada por negar Islã, mulher é solta e presa por tentar fugir

A cristã sudanesa libertada na segunda-feira foi detida nesta terça-feira no aeroporto de Cartum quando tentava sair do país, anunciou uma fonte ligada a Meriam Yahia Ibrahim Ishag.

“A segurança nacional a deteve junto com Daniel”, declarou a fonte, referindo-se a Meriam, de 26 anos e a seu marido, Daniel Wani, de nacionalidade americano. Por ora, se desconhece o paradeiro de seus dois filhos, entre eles um recém-nascido.

Meriam Yahia Ibrahim Ishag foi condenada à morte por negar o Islã, mas teve sua liberdade anunciada na segunda-feira.

A condenação de Meriam à forca, em 15 de maio, provocou fortes críticas de vários governos ocidentais e grupos de direitos humanos.

Filha de um muçulmano, ela foi condenada pela lei islâmica que proíbe as conversões, depois de ter se casado com um cristão. O casal já tinha um filho de 20 meses.

Ela também foi condenada a 100 chicotadas por adultério, já que, segundo a interpretação sudanesa da sharia, as uniões entre uma muçulmana e um não-muçulmano são consideradas traição conjugal.

Quando foi condenada, a mulher estava grávida e deu à luz uma menina 12 dias depois do veredicto. Depois do parto, foi levada da cela que dividia com seu primeiro filho e outras mulheres para o hospital da prisão.

Cinco advogados especializados em direitos humanos se encarregaram da defesa da jovem gratuitamente.

Vários líderes políticos e religiosos europeus pediram que a revogação da “sentença desumana” pronunciada contra ela.

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