Cerca de 71 pessoas, que fazem parte de seis comunidades negras, foram obrigadas a abandonar suas casas após o combate entre supostos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN). O confronto deixou 13 mostos no departamento de Nariño, no Sudoeste da Colômbia, informou nessa terça-feira (5) a Organização das Nações Unidas (ONU).
Os desalojados fazem parte do Conselho Comunitário Manos del Patía Grande, no município de Magüí Payán, e seguiram para o principal distrito municipal, disse, em comunicado, a Organização de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha, na sigla em inglês).
O enfrentamento armado ocorreu no remoto vilarejo de Pueblo Nuevo, em Magüí Payán, no dia 27 de novembro. Segundo a Ocha, os desalojados estão abrigados em casas de familiares e amigos. O número de atingidos pode aumentar, caso as ações armadas continuem.
A região do Pacífico, onde fica Nariño, é uma das mais pobres e conflituosas do país. Lá operam facções de dissidentes da antiga guerrilha das Farc – que agora se transformou em um partido político, a Força Alternativa Revolucionária do Comum, após o acordo de paz assinado com o governo colombiano -, além do ELN e de outros grupos armados ilegais que disputam o controle do narcotráfico, da mineração ilegal e dos vazios deixados pela antiga guerrilha na região.
O ELN, que atualmente está em processo de diálogo como o governo colombiano, começou um cessar-fogo bilateral com as autoridades nacionais em 1º de outubro, que se estenderá até 9 de janeiro.