Os perdulários
Congresso cospe na cara do povo e embolsa 5,7 bi para campanha
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emNa era moderna, as democracias geralmente não terminam em golpes repentinos. Em vez disso, elas diminuem gradualmente à medida que a polarização divide uma nação e instituições-chave, como o judiciário e a mídia, os mesmos se enfraquecem.
Pasme, o nosso Congresso Nacional aprovou ontem o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022, com a previsão de um déficit de 170,47 bilhões de reais para o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União e um fundo eleitoral ampliado para 5,7 bilhões de reais.
Quando se trata de dar o exemplo, no entanto, o Congresso tem se esquecido de mudanças. O papel do dinheiro na política lança uma luz sobre os desafios de uma nova regulamentação das finanças políticas.
O dinheiro se espalha em nosso sistema político! Eu pergunto: Os candidatos e seus partidos devem gastar grandes somas para serem eleitos? E, uma vez que o façam, interesses bem financiados, gastam somas enormes para influenciar a forma como votam.
O que nós cidadãos Brasileiros queremos é que as classes políticas cortem gastos públicos com o estado para resgatar o verdadeiro significado do serviço público, esse é o seu dever.
Essa lei eleitoral vigente perpetua privilégios para criar o cenário de sonho para qualquer político titular. O financiamento é farto e garantido, sem necessidade de esforço, pois é proveniente do dinheiro do contribuinte. Os controles sobre os gastos são frouxos e os chefes do partido decidem a alocação de recursos entre seus candidatos.
Vejam o que nos impõe esse Fundo Eleitoral: aumenta a distância entre as elites políticas (liderança do partido, candidatos) e os cidadãos comuns (membros do partido, simpatizantes, eleitores); preserva um status quo que mantém os partidos e candidatos estabelecidos no poder; oOs contribuintes são forçados a apoiar partidos políticos e candidatos cujas opiniões não compartilham; os partidos políticos e candidatos retiram dinheiro de escolas e hospitais para dar a políticos ricos.
É freqüentemente impopular entre nós cidadãos. Os recursos públicos são escassos e necessários para tudo, desde escolas e hospitais até estradas e salários do pessoal. Para o povo brasileiro, usar fundos públicos para doar a partidos políticos e candidatos estaria bem longe em sua lista de prioridades.
Não devemos mais engolir goela abaixo que essa estrutura sobre o financiamento da Democracia é um componente necessário do processo democrático, e que permite a expressão de apoio político e competição nas eleições; papo-furado.
O que a história nos descreve é que o dinheiro pode ser um meio para que interesses estreitos e poderosos exerçam influência indevida, resultando em políticas inadequadas que vão contra o interesse público.
Pense nisso.