Difícil encontrar na língua portuguesa o adjetivo que melhor represente a aprovação do aumento do Fundo Eleitoral. Suas excelências destinaram R$ 5,7 bilhões para os partidos políticos gastarem nas eleições. A proibição do financiamento de campanhas eleitorais por empresas deveria ter sido um marco, na medida em que a ideia central tinha como principal objetivo refrear a corrupção. Difícil achar que a corrupção sofreu alguma derrota desde então, não é? No entanto, a partir da criação do “Fundão”, as legendas tiveram a oportunidade de desenvolver artifícios contábeis para fazer outro uso dos recursos públicos, que não somente àqueles definidos por Lei. Até avião já foi comprado com dinheiro do partido.