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Crioterapia

Conheça tratamento que evita queda de cabelos durante quimio

Publicado

Autor/Imagem:
Gabriela Marçal

A queda de cabelo é uma das etapas mais temidas por mulheres e homens que lutam contra o câncer. O efeito colateral da quimioterapia é muito mais que um problema estético, ele expõe o paciente a um estigma social. A apresentadora Ana Furtado, que enfrenta a doença de maneira pública nas redes sociais e em programas da Rede Globo, recorreu a crioterapia para evitar perder os fios durante o tratamento de quimioterapia.

Com a crioterapia, o paciente tem a chance de perder apenas 20 a 30% dos fios, no entanto o resultado varia de acordo com o medicamento quimioterápico usado.

“A imagem pesa demais. É muito duro ser estigmatizado pelo câncer, ficar abatido. A crioterapia favorece o bem-estar, minimiza o clima de ‘coitadinho’ e fica mais fácil tocar a vida”, diz o oncologista da unidade São Paulo, do Centro Paulista de Oncologia (CPO), Daniel Gimenes.

A experiência de Célia Lins, que passou por 12 sessões de quimioterapia para tratar um câncer de mama, confirma esses benefícios. “Você não perde sua identidade, você se olha no espelho e está inteira, você não fica com aparência debilitada. Minhas filhas me fortaleceram, ainda mais porque elas viam que eu estava bem, viam que eu ainda era a mãe delas.”

O resultado estético também atendeu as expectativas. “Ao receber o diagnóstico, uma das primeiras coisas que você pensa é que vai ficar careca, mas eu mantive cerca de 90% do meu cabelo, apenas na parte superior da cabeça que caiu um pouco”, relata Célia.

O oncologista alerta que a crioterapia precisa ser indicada e acompanhada por um médico oncologista e precisa ser feita desde a primeira sessão de quimioterapia.

Saiba como é a crioterapia – Uma hora antes da infusão de quimioterapia, é colocado no paciente um capacete revestido por um gel em temperatura de 4º C.

O aparelho permanece conectado ao paciente durante a medicação e é retirado uma hora após o término da sessão. Durante a crioterapia, que dura entre três e quatro horas, a pessoa tem uma sensação térmica de 15ºC e pode sentir frio e dor de cabeça.

Entenda como funciona – O resfriamento diminui o fluxo sanguíneo para a raiz de cada fio de cabelo e, dessa maneira, o couro cabeludo fica menos exposto à agressão dos quimioterápicos.

Sensação do paciente – A sensação térmica do paciente é de 15º, ele pode sentir dor de cabeça e tontura. “Em geral, o frio é bem tolerado e os demais sintomas não são considerados como fatores que levam à desistência do procedimento pelos pacientes”, afirma o oncologista.

Célia conta que no início da sessão tomava um analgésico para diminuir o desconforto e que sentia a dor mais intensa apenas no primeiros cinco minutos da técnica. “Nada que não seja suportável”, diz a aposentada.

Quem não pode – A técnica é contraindicada para quem tem câncer hematológico, como leucemia e linfoma e para pessoas que têm alergia no couro cabeludo.

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