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‘Construção civil será a tábua de salvação do país’

A PaulOOctávio Empreendimentos – com atuação nas áreas da construção civil, hotelaria, veículos e serviços na capital da República – avalia que a retomada do desenvolvimento econômico vai se dar a partir do segundo semestre, quando, respeitadas as previsões das autoridades de Saúde, a pandemia do novo coronavírus inciará uma curva decrescente, após atingir seu pico em meados de julho.

A indústria da construção civil, especificamente, será uma espécie de tábua da salvação dos demais segmentos, revela o empresário Paulo Octávio, CEO do grupo.  Ele estima que as dificuldades serão grandes, com um crescente número de desempregados em diferentes setores deteriorando o quadro social. Porém, pondera, “o setor produtivo está alerta e atuará junto no sentido de enfrentar a crise.”

“As empresas estavam preparadas para investir em 2020, mas com a crise provocada pela pandemia, algumas estão com dificuldades, pois as vendas praticamente pararam em abril, só sendo retomadas neste mês”, lembrou Paulo Octávio em entrevista a Notibras.

A área da construção civil do grupo, por exemplo, estima gerar mais de mil empregos a partir de julho. Esse otimismo se deve ao lançamento, já programado, de três edifícios residenciais, distribuídos por Águas Claras, Asa Norte e Noroeste. Um novo shopping também está sendo projetado. “É preciso aquecer o setor, porque a geração de empregos será fundamental na retomada do desenvolvimento”, pontuou.

“Passando essa fase difícil da pandemia”, revelou Paulo Octávio, “vamos lançar estas novas obras. Evitamos contratações neste momento e estamos trabalhando com toda precaução nos nossos canteiros de obras, mas queremos retomar os lançamentos, pois a geração de empregos será imprescindível nesse momento. O setor produtivo dará sua contribuição para vencermos a crise, injetando dinheiro na economia, nos empreendimentos e nos novos negócios”, enfatizou.

Ex-senador e ex-vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio entende que a construção civil pode gerar novos postos de trabalho, aliviando o gargalo que a economia está enfrentando. “Se todos voltarem com otimismo e acreditarem, é possível gerar cerca de 10 mil empregos a partir de julho, para ajudar retomar o desenvolvimento””, acrescentou Paulo Octávio.

Depois de lembrar que Brasília continua sendo a cidade que mais cresce no Brasil, com aumento de 1% ao ano em sua população, o empresário frisou que, por crescer tanto, existe uma demanda por habitação. Ele admite que a construção civil “ficou um pouco paralisada” nos últimos governos, por conta das dificuldades burocráticas, como alvará de construção. Entretanto, sustenta, isso mudou no governo de Ibaneis Rocha, que tem procurado “agilizar todos os procedimentos”.

Aliás, sobre o governo local, Paulo Octávio disse que, “compreendendo as dificuldades que estão esvaziando os cofres públicos, todas as empresas das Organizações PaulOOctavio anteciparam os pagamentos de impostos. O setor produtivo, se puder ajudar, tem de dar as mãos ao governo, que não pode, sozinho, resolver uma questão tão grave como a que estamos vivendo”.

“Temos de nos dar as mãos, porque daqui a pouco o governo não arrecada, não consegue comprar insumos e não dará a eficiência necessária à saúde. É importante a participação do setor produtivo. E eu quero contribuir e ajudar, como se fosse um soldado nesta guerra”, concluiu.

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