A invasão do Maracanã por torcedores chilenos, ocorrida na tarde desta quarta-feira (18) antes do jogo entre Chile e Espanha, será avaliada em conjunto pelo consulado do país e a Justiça brasileira, informou o cônsul do Chile no Rio de Janeiro, Samuel Ossa. Os 85 torcedores envolvidos na confusão têm 72 horas para deixar o Brasil, segundo determinação da Polícia Federal (PF).
Segundo o Ministério da Justiça, caso não cumpram a notificação, os torcedores estrangeiros estarão sujeitos à deportação sumária pela PF, com respaldo no Estatuto do Estrangeiro. O Juizado Especial Criminal (Jecrim) é o responsável pelo caso. “Há alguns desses torcedores que já vivem no Brasil, e isso também será avaliado”, assegurou o cônsul.
O consulado também irá avaliar como fazer o pagamento pelos estragos causados no local invadido, que será de responsabilidade dos invasores. Ossa ressaltou ainda que as relações entre Brasil e Chile devem continuar “melhores possíveis”.
Por volta das 23h30, na chegada dos torcedores ao Consulado, que fica no Flamengo, Zona Sul do Rio, os chilenos fizeram elogios à polícia brasileira. “Nos trataram muito bem. Nos deram água, toda a assistência”, afirmou Francisco Echerregaray, de 25 anos.
“Estou mais feliz pela vitória do que por estar saindo da cadeia”, disse Felipe Diaz, de 31 anos, que também estava no grupo.
Invasão
A invasão ocorreu momentos antes do jogo entre Espanha e Chile. Segundo a Secretaria de Segurança, 88 pessoas foram levadas, em três ônibus, para a Cidade da Polícia, no Jacaré, Subúrbio, onde chegaram às 18h05 e ficaram até por volta das 21h30. Três deles eram argentinos, levados como testemunha (inicialmente, a secretaria informou que 90 haviam sido detidos. A informação foi corrigida para 85 no fim da tarde). Um representante do consulado chileno foi para o local.
Durante a invasão, na altura do portão 9 da entrada B, houve muita correria e gritos na área, onde trabalham os jornalistas no estádio.