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Mais mortes indicam um futuro de dias sombrios

O contágio com o novo coronavírus avança em todo o país, a ponto de já se falar, entre autoridades sanitárias, que março será um mês negro para os brasileiros. E dias sombrios batem à porta, como nesta terça, 2, com o registro de mais 1.641 mortes provocadas pela Covid, elevando o total a 257.361.

Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), também foram infectadas, de segunda para terça, mais 59.925 pessoas. Com isso, desde o início da pandemia, o Brasil teve 10 milhões 646 mil 926 pessoas que conyraíram a doença.

O quadro é dramático. Em vários municípios brasileiros, leitos de enfermaria e UTI estão lotados de pacientes com covid-19. Não há mais vagas e os doentes não param de chegar.

De acordo com dados das secretarias estaduais de saúde, 17 estados têm ocupação em hospitais acima de 80%, um nível considerado crítico. Outros oitos estados têm taxas que superam os 90% — no Rio Grande do Sul, por exemplo, o número chegou a 100%.

Onde ficarão essas pessoas que precisam de atendimento? E como poderemos conter essa avalanche de novos casos que põe em xeque o sistema de saúde e poderia afetar até mesmo a estabilidade social do país? O que fazer para se proteger num momento tão crítico?

Esses são alguns dos temas que preocupam a pneumologista Margareth Dalcolmo, professora e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), no Rio de Janeiro. A resposta, segundo ela, deve ser dada pelos governantes, com medidas drásticas para evitar um colapso no sistema de saúde capaz de transformar o Brasil num grande cemitério.

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