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Entrevista/Arthur Claro

Contos e crônicas mostram ‘a vida como ela é’

Publicado

Autor/Imagem:
Cecília Baumann - Foto Acervo Pessoal

Está despontando lá de São Carlos, no interior paulista, um novo mestre das letras. É Arthur Claro, que escreve contos, crônicas e poemas, pronto para se enveredar também pelo caminho do romance.

Seu estilo é diferente do muito que se lê por aí. Como Nelson Rodrigues, ele mostra a vida como ela é. E assim vai vendo surgir, a cada dia, novos fãs, novos admiradores.

Leia a seguir trechos da entrevista concedida a Notibras, via e-mail:

Fale um pouco sobre você, seu nome (se quiser, pode falar apenas o artístico), onde nasceu, onde mora, sobre sua trajetória como escritor.

Me chamo Arthur Lucas Claro, mas prefiro que me chamem de Arthur Claro ou somente Arthur. Nasci em São Carlos, cidade do interior de São Paulo, moro na mesma cidade, onde comecei a minha trajetória de escritor que ainda está para começar, pois, sempre que escrevo algo, sinto que posso melhorar e, então, acho que ainda não virei um escritor.

Como a escrita surgiu na sua vida?

Eu não me lembro quando realmente surgiu a escrita na minha vida, mas sempre tive o hábito de ler. No entanto, foi em uma aula de Literatura em um cursinho pré-vestibular, que me despertou o interesse em escrever poesias. Foi então que iniciei a minha produção de poesias e, com o tempo, fui escrevendo as poesias, letras de músicas e também alguns contos (também os contos eróticos).

De onde vem a inspiração para a construção dos seus textos?

A minha inspiração vem de diversos lugares, mas do que li e leio em livros, sitcoms que assistia e assisto, músicas que escuto etc.

Como a sua formação ou sua história de vida interferem no seu processo de escrita?

Não tenho formação em Letras, mas bem que gostaria de ter conseguido fazer a faculdade de Letras. Então, a minha vida me ajudou a criar em vez de interferir no meu processo de escrita.

Quais são os seus livros favoritos?

Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis), Lira dos Vinte Anos (Álvares de Azevedo), O melhor das Comédias da Vida Privada (Luis Fernando Verissimo), Rua dos Artistas (Aldir Blanc), Ora Bolas (Mario Quintana), A vida como ela é (Nelson Rodrigues), O Xangô de Baker Street e Assassinato na Academia Brasileira de Letras (Jô Soares), Trilogia Millennium (Os homens que não amavam as mulheres) (Stieg Larsson), Uma autobiografia (Rita Lee), Sócrates (Tom Cardoso), 42nd Street Band (Renato Russo), Maus (Art Spiegelman) e outros que não consegui lembrar agora.

Quais são seus autores favoritos?

Machado de Assis, Álvares de Azevedo, Nelson Rodrigues, Mario Quintana, Jô Soares, Chico Buarque (este não li nenhum livro, mas as músicas me inspiraram bastante), Renato Russo, Cazuza e Luis Fernando Verissimo.

O que é mais importante no seu processo de escrita? A inspiração ou a concentração? Precisa esperar pela inspiração chegar ou a escrita é um hábito constante?

Acho que um equilíbrio entre os dois, pois sempre escrevo de improviso, já que sempre faço uma anotação, seja em papel ou bloco de notas do computador e/ou celular. Então, sempre que posso, escrevo para esvaziar o que está na cabeça e, assim, vou criando as minhas poesias e os meus contos.

Qual é o tema mais presente nos seus escritos? E por que você escolheu esse assunto?

Os meus temas mais presentes nos meus escritos são diversificados, mas gosto muito de escrever usando o humor, seja ele engraçado ou sem graça.

Para você, qual é o objetivo da literatura?

A literatura é uma forma de criar uma cultura de um país, seja para mostrar o passado ou presente.

Você está trabalhando em algum projeto neste momento?

Eu sempre que posso escrevo alguma palavra, seja até mesmo só para escrever. Não crio projetos, deixo o texto vir como o vento e, dessa forma, sinto-o e o escrevo. Aí, nascem minhas poesias, meus contos e, quem sabe, uma letra de música.

Quais livros formaram quem você é hoje? O José Seabra sempre cita Camilo Castelo Branco como seu escritor predileto, o Daniel Marchi tem fascinação pelo Augusto Frederico Schmidt, e o Eduardo Martínez aponta Machado de Assis como a sua maior referência literária. Você também deve ter as suas preferências. Quem são? E há algum ou alguns escritores e poetas contemporâneos que você queira citar?

Eu acho que todos que eu citei anteriormente, mas quero puxar um pouco o saco do Eduardo Martínez, dizendo que ele e a sua esposa, a Dona Irene, me motivam a escrever, pois eles dizem que eu escrevo bem.

Como é ser escritor hoje em dia?

Como não trabalho como escritor de forma profissional e sim como forma de hobby, sinto que ser escritor hoje em dia é difícil, pois a nova geração não possui o hábito de ler, e os da velha geração nem todos gostam de ler digitalmente (eu mesmo, prefiro livros físicos). Então, para ser escritor hoje em dia tem que saber bem como quer se tornar alguém lido pelo público.

Qual a sua avalição sobre o Café Literário, a nova editoria de Notibras?

O Café Literário para mim é uma boa oportunidade para escritores(as) divulgarem seus textos engavetados e serem lidos.

Tem alguma coisa que eu não perguntei e você gostaria de falar?

Eu gostaria de divulgar o meu blog (http://www.arthur-claro.blogspot.com), onde publico minhas poesias e também alguns contos, assim como compartilho as coisas das quais eu gosto.

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