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Contragolpe de Xandão coloca bolsonaristas contra a parede

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, durante coletiva de imprensa no Centro de Divulgação das Eleições.

Acabou a bagunça – e as brincadeiras de golpe contra a democracia chegaram ao fim. É assim que está sendo interpretada a decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ao negar nesta quarta-feira, 23, o pedido do PL, partido de Jair Bolsonaro, para anular parte dos votos no segundo turno das eleições.

Xandão foi mais além: condenou a legenda a pagar uma multa de R$ 22,9 milhões por “má-fé” e mandou bloquear os fundos partidários de partidos que tentaram reeleger o presidente (além do PL, o PP, entre outros), até o pagamento da multa.

Valdemar Costa Neto, o número dois dos bolsominions (o primeiro é o próprio Bolsonaro), queria que o TSE anulasse o resultado de 279 mil urnas eletrônicas, mas somente do segundo turno. E, pior, a quase totalidade do Nordeste, onde Lula foi majoritariamente votado. O argumento do PL foi o de que houve “mau funcionamento” do sistema.

O ministro considerou o pedido de anulação inconsequente, esdrúxulo, ilícito e “ostensivamente atentatório ao Estado Democrático de Direito”. Xandão matou, com sua decisão, o que se espera tenha sido a última tentativa dos golpistas de impugnar a eleição de Lula.

Por fim, um detalhe importante: Valdemar Costa Neto passa a ser investigado como miliciano digital que contribui para patrocinar e promover a baderna que ainda vem acontecendo em algumas rodovias e na frente de quartéis.

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