Contrato emergencial para acabar com o lixo pode ter muita sujeira
Um grupo de deputados distritais, à frente o Dr. Michel (PP), decidiu pedir explicações ao Serviço de Limpeza Urbana, sobre contrato emergencial revelado nesta segunda-feira (29) para a coleta de lixo em várias regiões de Brasília. O acordo, no valor de 40 milhões 852 mil reais, beneficia a Valor Ambiental.
O contrato começa a vigorar na quarta-feira, 1º de julho, e foi assinado no momento em que surgem notícias sobre a volta do contraventor Carlinhos Cachoeira ao comando do lixo no Distrito Federal. Informações preliminares indicam que a Valor pertence ao Grupo Caenge. Ocorre que grande parte das ações seriam da Delta e Quebec, justamente as empresas de Cachoeira.
Outra coincidência que levou o deputado Dr. Michel a cobrar esclarecimentos, é que três empresas foram convidadas a apresentar propostas. Porém, segundo a versão do Palácio do Buriti, aparece apenas o nome da Valor Ambiental, e o valor ofertado. O deputado estranhou o fato de o Governo de Brasília não revelar as outras duas participantes, nem os valores apresentados.
Esse novo contrato emergencial do governo de Rodrigo Rollemberg servirá para “garantir a continuidade da limpeza urbana em seis regiões administrativas”. As áreas que serão contempladas com os serviços da Valor Ambiental são Águas Claras, Ceilândia, Estrutural, Taguatinga, Vicente Pires e três quadras do Park Way.
– Analisamos três orçamentos e fechamos com a empresa que já opera esses serviços [Valor Ambiental], optando pelo menor valor e evitando a descontinuidade do serviço”, informou o diretor técnico do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Paulo Celso dos Reis. Porém, em matéria divulgada pelo Palácio do Buriti, ele omite os nomes das concorrentes e os preços cotados.
Ricardo Coimbra
