O ano de 2014 está praticamente acabando para deputados e senadores. Eles terão pela frente apenas três semanas – dez sessões plenárias tanto na Câmara como no Senado – para debater e votar projetos até o inicio da Copa do Mundo.
Todos sabem que durante o período dos jogos o país só tem atenções para essa disputa. E mais: junho é o mês das convenções partidárias e das festas juninas, sagradas para os deputados do Nordeste. Em seguida vem o recesso parlamentar do meio do ano, que será emendado à campanha eleitoral, que irá até outubro.
Será jogar conversa fora dizer que em agosto e setembro, com a campanha eleitoral nas alturas, haverá esforço concentrado numa ou duas semanas para a avaliação de alguns projetos considerados urgentes e importantes. Esta estratégia me engana que eu gosto jamais obteve êxito em períodos eleitorais passados.
Os parlamentares só retornarão aos trabalhos legislativos prá valer lá pelo dia 15 de outubro, depois de conhecidos os resultados das urnas. Uns voltam para comemorar a reeleição, outros para lamentar a derrota.
Há uma opinião no Congresso Nacional de que por volta de 60% dos 513 atuais deputados não serão abençoados pelos resultados eleitorais. Confirmada esta previsão, vamos ter uma renovação de atores na Câmara jamais vista em sua história. Será a confirmação de que a imagem dos atuais políticos está realmente no fundo do poço.
Cláudio Coletti