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Copom mantém taxa de juros altos para derrubar inflação

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) confirmou projeções do mercado financeiro e manteve a taxa Selic, que representa os juros básicos da economia, em 11% ao ano.

O Copom interrompeu a trajetória de alta da Selic em maio, quando segurou os juros após nove aumentos consecutivos. A taxa Selic voltou ao nível de novembro de 2011, quando também estava em 11% ao ano.

O BC disse, em nota, que a manutenção dos juros considerou a evolução do cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação. A expectativa do mercado é que a Selic encerre o ano sem alterações.

A Selic é usada pelo BC para manter a inflação oficial na meta determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5% no ano, com tolerância de dois pontos percentuais, não podendo ultrapassar 6,5%.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses está em 6,5% até julho, e nas projeções do  boletim Focus (resultado de pesquisa semanal com instituições financeiras), divulgado pelo BC na última segunda-feira (1º), o IPCA encerrará 2014 em 6,27%.

Apesar de ajudar a segurar a inflação, o aumento da taxa Selic prejudica o reaquecimento da economia, que cresceu 2,3% no ano passado. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam alta de 0,56% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) em 2014. A expectativa de crescimento econômico caiu nas 14 últimas semanas nos prognósticos do boletim Focus.

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