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Copom rompe paz e sobe juros para 2,75%

O Comitê de Política Monetária do Banco Central encerrou a queda constante dos juros básicos da economia que vinha caindo gradativamente há seis anos. Agora, com a inflação galopante, o Copom decidiu elevar a taxa de 2% para 2,75%, conforme comunicado divulgado ao fim da reunião mensal realizada nesta quarta-feira, 17.

Os juros, que chegaram a bater em mais de 17% no governo Dilma-Temer, deram uma guinada para cima como resposta à escalada inflacionária. Vão sofrer os consumidores, as indústrias e empresas, que queriam juros baixos para conseguir crédito mais barato e, assim, serem mais produtivas.

A expectativa de economistas é de que novas altas sejam anunciadas nas próximas reuniões do Copom, ao longo dos próximos meses. Por trás dessa mudança de rumo na política monetária está, principalmente, a preocupação com a inflação, que tem subido acima do esperado.

Mas os efeitos de juros mais altos vão além disso: embora o impacto de curto prazo para a população em geral seja visto como pequeno, economistas explicam que, no longo prazo, a tendência de alta da Selic vai ter efeitos importantes no câmbio (ou seja, no valor do real perante o dólar) e na economia, com respingos na política econômica de Paulo Guedes.

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