A Coreia do Norte disparou um míssil balístico no início desta quarta-feira, 12, em direção ao Mar do Japão, detalharam os ministérios da defesa da Coreia do Sul e do Japão. “Um possível míssil balístico foi lançado da Coreia do Norte”, dizia uma mensagem inicial emitida por autoridades japonesas. Um comunicado de acompanhamento afirmou que Pyongyang havia “lançado pelo menos um míssil balístico”.
Os militares sul-coreanos relataram que o lançamento envolveu um míssil balístico de longo alcance. Os detalhes do lançamento ainda não foram divulgados pelos militares, pois uma análise oficial continua em andamento; no entanto, relatórios preliminares citando membros da defesa sugeriram que o míssil voou por aproximadamente 74 minutos a uma altitude de 6.000 quilômetros e um alcance de 1.000 quilômetros.
Autoridades japonesas indicaram anteriormente que o míssil caiu fora da zona econômica exclusiva do Japão por volta das 11h13, horário local. Uma declaração emitida por autoridades japonesas observa que aeronaves e navios foram instruídos a evitar quaisquer detritos em potencial com os quais possam entrar em contato, bem como alertar a Guarda Costeira do Japão sobre quaisquer descobertas.
Desde então, o secretário-chefe do gabinete japonês, Hirokazu Matsuno, condenou o lançamento “inaceitável”, ressaltando que tal comportamento “ameaça a paz e a segurança de nosso país, da região e da comunidade internacional”.
“Esses lançamentos de mísseis balísticos violam resoluções relevantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse Matsuno. “Este é um problema sério do ponto de vista da segurança das pessoas; é por isso que um forte protesto foi apresentado por meio da embaixada em Pequim.”
Em resposta ao lançamento, o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol, que está participando da cúpula da OTAN em Vilnius, convocou uma reunião de segurança nacional de emergência. O lançamento foi implantado quando Yoon deve se encontrar com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida nesta mesma quarta-feira.
O lançamento ocorre quando a Coreia do Norte detonou recentes voos de reconhecimento dos EUA que viram aviões americanos entrarem no espaço aéreo acima da zona econômica do país. Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano e que atua como vice-diretora de departamento do Partido dos Trabalhadores da Coreia, detalhou que dois voos foram documentados. Os voos, no entanto, somam-se às ‘múltiplas’ violações do espaço aéreo que ocorreram no início do mês.