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Coreia do Norte começa ano com alerta de guerra nuclear

O líder norte-coreano Kim Jong Un ordenou que todos os planos de trabalho com o lado sul-coreano sejam suspensos. Ao mesmo tempo, determinou que as forças militares entrem de prontidão, inclusive para o eventual uso de armas nucleares. Trata-se, segundo ele, de “orientação da luta em 2024”.

“A conclusão geral é que a reunificação nunca poderá ser alcançada com as autoridades da Coreia do Sul que definiram a ‘unificação por absorção’ e a ‘unificação sob a democracia liberal’, em flagrante contradição com a nossa linha de reunificação nacional baseada numa nação e num estado com dois sistemas… A realidade exige urgentemente que adotemos uma nova posição nas relações norte-sul e na política de reunificação”, afirmou.

As ações dos Estados Unidos e da Coreia do Sul estão mergulhando a península coreana numa “crise incontrolável”, disse Kim, criticando os EUA por trazerem armas nucleares para a península.

“O confronto físico pode ser causado e agravado mesmo por um ligeiro fator acidental na área ao longo da Linha de Demarcação Militar, onde grandes forças armadas de ambos os lados estão em confronto umas com as outras”, frisou.

Segundo Kim, a Coreia do Sul está “completamente contaminada pela cultura ianque ” e atualmente nada mais é do que um “fantoche colonial” dos EUA, razão pela qual as relações intercoreanas devem ser revistas, disse o líder norte-coreano.

“O exército norte-coreano deve preparar-se continuamente para conquistar todo o território da Coreia do Sul no caso de um conflito nuclear entre os dois países, e estar pronto para mobilizar todos os meios, incluindo armas nucleares”, acrescentou.

Na semana passada, o líder norte-coreano disse que Pyongyang responderia com um ataque nuclear a qualquer “provocação”. Na quarta-feira, Kim instruiu os militares da Coreia do Norte a acelerarem os “preparativos de guerra” para combater “movimentos extremos de confronto” dos Estados Unidos e dos seus aliados na Península Coreana.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, ordenou na quinta-feira que as forças armadas respondessem “imediatamente” aos ataques inimigos, retaliando primeiro e só depois reportando para “esmagar o desejo do inimigo por provocações”.

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