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Coréia testa bomba de hidrogênio e deixa o Ocidente em alvoroço

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Após diversos países condenarem o suposto teste realizado com uma bomba de hidrogênio anunciado pela Coreia do Norte, o Conselho de Segurança da ONU anunciou uma reunião de emergência mais tarde nesta quarta-feira.

Washington e especialistas nucleares afirmaram no passado serem céticos sobre as bombas de hidrogênio, que são muito mais poderosas e muito mais difícil de se fabricar do que bombas atômicas.

A confirmação do teste iria piorar ainda mais a já abismal relação entre Pyongyang e os seus vizinhos e levar a um forte impulso para sanções mais duras da ONU sobre a Coreia do Norte.

A TV estatal norte-coreana noticiou que cientistas do país conduziram a detonação bem-sucedida de uma bomba de hidrogênio por volta das 10h desta quarta-feira, pelo horário local (23h30 de terça-feira, no horário de Brasília).

A chefe de política externa da União Europeia (UE), Federica Mogherini, disse que se o teste nuclear da Coreia do Norte for confirmado, representaria “uma grave violação das obrigações internacionais de não produzir ou testar armas nucleares”.

Mogherini afirmou em um comunicado que estas obrigações são determinadas pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU. “A ação da Coreia do Norte representaria uma ameaça para a paz e para a segurança da região Nordeste da Ásia inteira”, afirmou.

A chefe de política externa da UE pediu para a Coreia do Norte voltar a envolver-se num diálogo credível e significativo com a comunidade internacional, em particular no quadro da negociações entre seis países, “e para cessar esse comportamento ilegal e perigoso”.

A Rússia também expressou sua preocupação com o possível teste, o que poderia aumentar ainda mais as tensões geopolíticas na península coreana, disse o Ministério de Relações Exteriores russo.

“Se o teste for confirmado, seria um novo passo de Pyongyang para desenvolver armas nucleares, o que é uma grave violação do direito internacional e das resoluções existentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse Maria Zakharova, porta-voz do ministério russo.

Zakharova ponderou ainda que neste momento, todas as partes envolvidas devem manter a calma e procurar uma solução diplomática para a questão norte-coreana.

Reações – O Reino Unido, a França, a China, o Japão e a Austrália condenaram a ação da Coreia do Norte de ter realizado, com sucesso, seu primeiro teste com bomba de hidrogênio, uma forma mais poderosa de bomba nuclear, dizendo que o movimento sublinha a “ameaça real” que a Coreia do Norte representa para a segurança regional e internacional.

“Se um dispositivo nuclear foi detonado pela Coreia do Norte, isto é uma grave violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e uma provocação que eu condeno”, disse o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond.

“Nós estamos trabalhando com outros membros do Conselho de Segurança da ONU para garantir que a comunidade internacional responda com urgência e de forma decisiva esta ação da Coreia do Norte”, acrescentou Hammond.

A TV estatal norte-coreana noticiou que cientistas do país conduziram a detonação bem-sucedida de uma bomba de hidrogênio por volta das 10h desta quarta-feira, pelo horário local (23h30 de terça-feira, no horário de Brasília).

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) havia divulgado que um terremoto de magnitude 5,1 ocorreu por volta desse horário nas proximidades do local do teste nuclear, no nordeste da Coreia do Norte.

A França, por sua vez, também pediu forte reação da comunidade internacional. “A França condena esta violação inaceitável das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e apela a uma forte reação da comunidade internacional”, afirmou o escritório do presidente francês, François Hollande.

Já a China, o principal aliado da Coreia do Norte, disse que se opõe firmemente ao teste da bomba de hidrogênio e pediu para a Coreia do Norte não realizar atos que possam agravar as tensões na Península Coreana.

A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying, afirmou que a China está monitorando sua fronteira com a Coreia do Norte perto do local do teste e que a qualidade do ar no local estava dentro da faixa normal.

O Japão também expressou sua condenação. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, reiterou que o teste é uma ameaça para a segurança de sua nação. “Nós absolutamente não podemos permitir isso e condenamos fortemente”, afirmou Abe, dizendo que irá tomar uma “forte medida” de ação com outras nações, como os EUA, Coreia do Sul, China e Rússia, através da Organização das Nações Unidas (ONU).

A ministra de Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, afirmou em um comunicado que a ação “confirma o país como ‘perigoso’ e uma contínua ameaça à paz e segurança internacional”.

Antes da confirmação do teste, o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, Ned Price, disse que apesar de ainda não poder confirmar as informações, o governo norte-americano condena qualquer violação às resoluções do Conselho de Segurança da ONU. “Voltamos a pedir à Coreia do Norte que cumpra as suas obrigações e compromissos internacionais”. “Os Estados Unidos vão responder adequadamente a qualquer provocação norte-coreana”, acrescentou Price.

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