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Encontro de cúpula

Coreias fazem história e prometem uma era de paz

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Autor/Imagem:
Mateus Fagundes

Os primeiros momentos da cúpula entre os líderes da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e da Coreia do Sul, Moon Jae-in, foram marcados pela troca pública de afagos e por uma série de simbolismos.

Em tom bem menos beligerante do que o visto em meados de 2017, quando estava a todo vapor o programa nuclear norte-coreano, Kim Jong-un disse que o encontro desta sexta-feira (hora local) marca o início de uma “nova história” entre os dois países.

“Não vamos voltar atrás, vamos apenas olhar para o futuro”, afirmou Kim, que estava frente a frente com Moon e sob os olhos dos principais canais de notícias do planeta. “Vamos falar francamente de problemas e temas de interesse mútuo. Eu vim aqui com a sensação de que estamos na linha de partida da paz, da prosperidade e de uma nova era para as relações norte-sul.”

O presidente sul-coreano respondeu que eles devem chegar a um compromisso mútuo “ousado”. “Queremos dar um grande presente de paz ao nosso povo e à humanidade”, afirmou.

Por volta das 21h30 (de Brasília), Kim Jong-un atravessou o paralelo 38 que divide a península coreana. Ele foi o primeiro governante do Norte apisar no Sul desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953.

O encontro é o terceiro da história entre Seul e Pyongyang, o primeiro em 11 anos e o único realizado abaixo do paralelo 38. Os dois anteriores, em 2000 e 2007, ocorreram sob o comando de Kim Jong-il, pai do atual ditador, e levaram presidentes do Sul à capital do Norte.

A cúpula servirá de aquecimento para o encontro entre Kim Jong-un e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve ser realizado entre o final de maio e o início de junho e ainda não está confirmado.

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