Anelisa Lopes
No início deste mês, o Instituto Pantone divulgou a cartela de cores que estará em alta no primeiro semestre de 2018. As cores do Fashion Color Trend Report da famosa instituição refletem os tons mostrados nos desfiles da semana de moda de Nova York, que aconteceram na semana passada, e dão uma ideia do que esperar não só para as ruas, mas também para os ambientes, mobiliário e objetos de decoração.
O carro-chefe será o Meadowlark, um amarelo vibrante que ilumina por onde passa. Cherry Tomato, uma tonalidade aberta de vermelho (o famoso “cereja”) também estará com forte presença no design e na moda. Outras tonalidades, como azul claro, terracota, lavanda/violeta, além de tons de nude também serão vistos com frequência na próxima temporada.
Por aqui, os fabricantes de tintas Coral e Lukscolor também já elegeram seus preferidos para 2018. A Coral escolheu Adorno Rupestre, um cinza rosado quente e suave que exprime conforto e acolhimento. Já a Lukscolor vai apostar na Reflection 2295, um azul de base também acinzentada, que permite uma extensa possibilidade de combinações e, ao mesmo tempo, é tranquilizante.
As cores têm importância fundamental em um projeto de decoração e seus efeitos são absorvidos diretamente pelos donos da casa no dia a dia. É um dos elementos mais poderosos do design, já que cria um impacto instantâneo. Atualmente, a enorme variedade de tonalidades produzida nas lojas pode causar uma enorme dúvida na hora da escolha. A boa notícia é que, além de revigorar um ambiente, a cor também pode ser substituída fácil e periodicamente.
O primeiro passo é escolher o ambiente e delimitar a família da cor e suas variações. As cores primárias – vermelha (energia positiva, força, amor e perigo), amarela (felicidade e criatividade) e azul (conservadora, tranquila e confiável) são a base do círculo cromático. As famílias variam entre neutra (branca, preta, cinza, marrom e bege), azul (azul verde, azul, azul violeta, violeta), vermelha (vermelho-violeta, vermelho, vermelho-laranja, laranja), amarela (amarelo-laranja, amarelo, amarelo-verde) e verde.
Depois de definido o local e a cor, quais paredes merecem destaque? É preciso avaliar sua extensão e o efeito que causará no ambiente. Se ainda houver indecisão, vale comprar uma lata pequena e experimentar, já que a tonalidade pode variar na parede conforme a iluminação do lugar (sempre guarde a etiqueta da tinta com o código para futuros retoques).
Ambientes com muita luz natural, mesmo que pequenos, aceitam tonalidades mais escuras, enquanto os lugares de repouso, como quartos e salas de TV, pedem tonalidades tranquilizantes. Quanto mais misturadas ao preto, elas tendem a “acinzentar”, deixando o espaço mais sóbrio e atemporal. Já as cores vivas se adequam bem em espaços de passagem, já que tendem a diminui-los.
E como combina-las? No círculo cromático, podemos dividir as cores em monocromáticas, análogas e complementares. As primeiras correspondem ao tradicional “tom sobre tom” e possuem variação baseada em mais mistura de preto ou branco à cor original. As análogas possuem sempre uma cor em comum e estão lado a lado. Já as complementares são as contrárias. Se a ideia é manter a base com discrição, o ideal é permanecer na mesma família de cores. Caso o objetivo seja abusar do contraste, use as opostas entre si, estimulando a visão de formas diferenciadas.