O Corinthians conseguiu sair do Uruguai com empate sem gols com o Nacional, nesta quarta-feira, na partida de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, levando a decisão para Itaquera.
O resultado foi bom pelas circunstâncias do jogo, com o Timão sofrendo pressão do primeiro ao último minuto. Agora é tomar cuidado no jogo da volta, já que qualquer empate com gols classifica os uruguaios, no dia 4 de maio, na Arena.
Depois de ser eliminado pelo surpreendente Audax nas semifinais do Paulistão, o atual campeão brasileiro apresentou um futebol muito aquém do esperado e não criou uma chance de gol sequer.
Tricampeão da Libertadores, o Nacional levou muito perigo nos contra-ataques e só não saiu vitorioso porque esbarrou num grande Cássio e pecou na pontaria.
Quem garantir a vaga nas quartas de final enfrenta o vencedor do duelo entre Cerro Porteño e Boca Juniors, que fazem o primeiro jogo nesta quinta-feira, no Paraguai.
No estádio Parque Central de Montevidéu, Tite manteve o tradicional esquema de 4-1-4-1, com Rodriguinho substituindo Guilherme.
– Tite sem soluções -O Timão levou um susto logo no primeiro minuto, quando Cássio não saiu a tempo e deixou a bola viva na área, com muito perigo.
O jogo começou bastante movimentado, com ambas as equipes buscando o gol. O Corinthians apostava nas trocas de passes curtos, enquanto o Nacional usava um jogo mais direto.
O jogador mais perigoso do time uruguaio era o jovem e talentoso Nico López, que finalizou cruzado, aos 15, raspando a trave de Cássio.
O atacante de 22 anos teve outra grande chance aos 28, quando recebeu livre na área, tocou na saída do goleiro e por muito pouco não viu a bola estufar as redes. A pressão uruguaia continuou no minuto seguinte, com Santiago Romero cabeceando por cima do gol.
Quando não levava sufoco nos contra-ataques rápidos do Nacional, o Corinthians até conseguia chegar com certa facilidade à área adversária, mas faltava mais capricho no último passe.
O primeiro tempo terminou em confusão generalizada, com direito a cartão amarelo para Elias e Polenta, zagueiro do Nacional.
O time uruguaio continuou levando perigo no segundo tempo e quase abriu o placar aos 19, quando Seba Fernández cabeceou para a defesa de Cássio, que deu rebote e viu Fagner fazer o corte providencial antes da chegada de López.
Aos 25, foi a vez de Victorino ameaçar pelo alto, obrigando o goleiro corintiano a se esticar todo para fazer a defesa.
Tite tentou dar um novo gás à equipe ao colocar Romero e Marlone no lugar de André e Alan Mineiro, mas de nada adiantou.
O Timão terá que melhorar muito na semana que vem para não amargar mais uma eliminação nas oitavas da Libertadores, um ano depois de cair diante do modesto Guarani, do Paraguai.