2 a 0
Corinthians tira o atraso contra o Palmeiras em jogo polêmico
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emGolaço, polêmica, dois pênaltis, expulsão e uma boa dose de emoção. Corinthians e Palmeiras protagonizaram um clássico como exige o torcedor, neste sábado, no estádio Itaquerão, em São Paulo, pela nona rodada do Campeonato Paulista. Com um belo gol de Rodriguinho e outro de Clayson, o time alvinegro venceu por 2 a 0, encerrou uma sequência de três jogos sem vencer e de quebra impôs ao arquirrival o primeiro revés na temporada.
O resultado dá confiança ao time do técnico Fábio Carille para o início da caminhada na Copa Libertadores. O Corinthians estreia contra o Millonarios, no estádio El Campín, em Bogotá, na Colômbia, nesta quarta-feira. Já Roger Machado terá de minimizar os efeitos da derrota no clássico para encarar o Junior Barranquilla, em Barranquilla, um dia depois, também no debute da competição continental.
O clássico começou tenso antes mesmo de a bola rolar. Após o hino, quando os jogadores se cumprimentavam, Clayson ignorou Felipe Melo ao passar pelo palmeirense. Uma ferida aberta no Campeonato Brasileiro do ano passado, em novembro, quando os dois se desentenderam no intervalo da partida, no túnel de acesso aos vestiários.
Com a bola rolando, nada de Romero atuar como falso 9, como divulgou Fábio Carille na véspera. O paraguaio se posicionou pelo lado direito, como de costume. Rodriguinho e Jadson revezavam na função mais adiantada do ataque. Roger Machado respondeu com precaução. O treinador posicionou as suas peças defensivamente, apostando em bolas esticadas para Borja.
A surpresa inicial não surtiu o efeito desejado por Fábio Carille. O Corinthians errava muitos passes e, com isso, não assustava o goleiro Jailson. Aos poucos, o Palmeiras adiantou a sua marcação, passou a pressionar na saída de bola e quase abriu o placar em um erro de Renê Júnior. Borja parou em Cássio.
Fábio Carille já deveria estar imaginando o que corrigir no vestiário quando Rodriguinho arrancou um sorriso do rosto do treinador e fez o estádio explodir com um golaço. Aos 40 minutos, o meia recebeu de Maycon na entrada da área após o time trocar 29 passes, deu um lindo corte que deixou Borja e Antônio Carlos estatelados no chão e finalizou de pé esquerdo, rasteiro, sem chance para Jailson. “Estou feliz com o trabalho que faço, todos sabem da minha dedicação. Isso é merecimento de quem trabalha”, afirmou.
Em desvantagem, Roger Machado procurou criar um fato novo. Gustavo Scarpa voltou no lugar de Willian para o segundo tempo. O ex-jogador do Fluminense passou a ser bastante acionado pelo lado direito. Foi então que Fábio Carille recuou as suas peças para ampliar a segurança defensiva. Organizado, o Corinthians era perigoso no contra-ataque.
A chance de ampliar, no entanto, foi desperdiçada em um pênalti que gerou bastante confusão. Após finalização de Rodriguinho, a bola sobrou para Renê Junior, que dividiu com Jailson. O goleiro levantou o pé e atingiu o corintiano na coxa. O problema é que o árbitro Raphael Claus deixou o lance seguir e só assinalou a infração quando foi avisado pelo quarto árbitro, expulsando o palmeirense em seguida.
Jailson, aos gritos, dizia que não havia feito nada. “Fui na bola”, bradava. Inconformado, Dudu, o capitão do Palmeiras, tentou convencer os companheiros a abandonar o jogo. Ninguém aceitou. Já com Fernando Prass no gol – Lucas Lima foi o escolhido para sair -, Jadson partiu para a cobrança e mandou para fora. O erro fez o clássico ganhar em emoção.
O Palmeiras foi para o tudo ou nada. E ficou com o nada. Rodriguinho, assim como havia feito no primeiro tempo, desequilibrou. Ele fez jogada individual e foi derrubado por Dudu dentro da área. Como Jadson já havia saído, Clayson colocou a bola debaixo do braço e converteu, sem dar chance para Fernando Prass.
O segundo gol foi a senha para o torcedor corintiano aumentar o som na arena e comemorar uma vitória que, assim como no ano passado, pode ser o divisor de águas para o Corinthians na temporada.