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Corolla será primeiro híbrido flexível do mundo

Foto/Divulgação

O novo novo Corolla será o primeiro modelo híbrido flexível do mundo. A 12ª geração do sedã médio da Toyota começa a ser feita em Indaiatuba (SP) nas próximas semanas. O motor 1.8 capaz de queimar gasolina e/ou etanol em qualquer proporção vem sendo testado pela marca no Brasil desde 2017 em unidades do Prius.

A potência combinada do novo Corolla (motor a combustão de 98 cv e elétrico de 72 cv) é de 123 cv, a mesma do Prius a gasolina. Num futuro próximo, o modelos híbridos da Toyota feitos no País terão um 2.0 flexível. O câmbio automático CVT, de relações continuamente variáveis, será mantido.O visual do novo Corolla brasileiro será igual ao do sedã já vendido no mercado europeu.

O desenvolvimento do novo Corolla híbrido flexível foi possível graças à adoção da plataforma TNGA. Isso porque a Toyota New Global Architecture (Nova Arquitetura Global Toyota), lançada em 2015, permite uma grande flexibilidade de produção. A mesma base é utilizada por diferentes modelos, como o sedã grande Camry, o SUV CH-R e o Prius. O hatch híbrido, aliás, foi o primeiro modelo da marca feito sob esse arquitetura.

A TNGA estreou na quarta geração do Prius, apresentado no Salão de Los Angeles (EUA), em setembro de 2015. O resultado, segundo informações da Toyota, foi uma melhora significativa em aspectos como condução, segurança e prazer ao dirigir. Entre os destaques, o chassi do hatch ficou 60% mais rígido que o anterior. O motor foi reposicionado e, aliado ao centro de gravidade baixo, deixou o Prius mais estável e confortável.

Como funciona o carro híbrido
Carros híbridos têm dois motores, sendo um elétrico e outro a combustão, que pode ser a gasolina, diesel, gás, etanol, flexível, etc. Há híbridos de três tipos: paralelo, série e misto.

No híbrido paralelo, os dois motores servem para tracionar o veículo. Em geral, o elétrico envia torque às rodas dianteiras e o a combustão, às traseiras. Um bom exemplo é o BMW i8.

No caso do híbrido série, o propulsor a combustão gera eletricidade, que será armazenada em baterias. Essas baterias servem para alimentar o motor elétrico, que, por sua vez, irá tracionar as rodas. É o caso, por exemplo, do modelos e-Power, da Nissan.

O híbrido misto, como é o caso do Prius, utiliza processadores que “decidem” qual motor entrará em ação. São analisadas variáveis como ritmo do tráfego, topografia, demanda por aceleração, etc.

Híbrido é mais econômico
A principal vantagem dos veículos híbridos é o menor consumo de combustível em relação a modelos com motor apenas a combustão. O Prius, por exemplo, faz média (cidade-estrada) de 17,95 km/l e está no topo da lista dos mais econômicos do Inmetro.

A autonomia de híbridos como o Prius, por exemplo, é maior na cidade que na estrada. Isso ocorre porque em velocidades baixas o motor elétrico atua praticamente o tempo todo. Em rodovias, por outro lado, o protagonista é o propulsor a combustão, uma vez que a velocidade média é bem maior que em centros urbanos.

Outra vantagem dos veículos híbridos é o menor nível de emissões de poluentes. Não há mágica: quanto menos combustível o motor queima, menor será a produção de gases tóxicos (leia mais abaixo).

A maioria dos híbridos tem sistemas que transformam a energia das frenagens em eletricidade para recarregar as baterias. Há ainda os “plug-in”, que podem ser recarregados na tomada, como o XC90 T8.

O principal problema do carro híbrido é ser mais caro que equivalentes a combustão. O Prius, por exemplo, tem preço sugerido de R$ 125.450. Para comparação, um Chevrolet Cruze LT, com motor 1.4 turbo flexível de 150 cv, parte de R$ 97.790.

Rota 2030
A produção do novo Corolla híbrido flexível credencia a Toyota ao Rota 2030. O novo programa automotivo brasileiro foi sancionado em dezembro de 2108.

Segundo informações da marca, a tecnologia híbrida com motor a combustão flexível tem várias vantagens. Entre elas está um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol.

Os modelos híbridos com motor flexível fazem parte um plano da Toyota para neutralizar, até 2050, a emissão de CO2 por novos veículos. Batizado de Desafio Ambiental Toyota 2050, o projeto tem seis metas de sustentabilidade. A principal é zerar o impacto das emissões veiculares ao meio ambiente.

Híbrido flexível em testes
A Toyota mostrou os primeiros protótipos do Prius flexível em 2017. O hatch híbrido teve o motor 1.8 a combustão preparado para rodar com etanol e/ou combustível em qualquer proporção. Um dos maiores desafios do projeto, segundo informações da marca, foi ajustar o sistema de partida a frio.

A fabricante já havia anunciado que aposta no fim dos motores a combustão até 2050. Segundo informações da marca, a eletrificação será mais intensa nos próximos anos. A expectativa da Toyota é de que os propulsores a gasolina e diesel como os atuais serão cada vez mais raros a partir de 2040.

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