Muitos brasilienses passaram o feriado de Corpus Christi parados em enormes filas em postos de abastecimento, à espera de gasolina, apesar dos anúncios oficiais de que, aos poucos, a situação começa a voltar à normalidade. A falta do combustível é resultado também do desabastecimento de álcool anidro após 11 dias de bloqueios e protestos de caminhoneiros. O álcool anidro é misturado à gasolina para baratear o combustível, aumentar sua octanagem e reduzir a emissão de poluentes.
A expectativa do governo do Distrito Federal é que cerca de 2 milhões de litros do produto sejam entregues até o fim do dia, possibilitando a produção de 10 milhões de litros da mistura e o começo da normalização da situação. O Sindicombustíveis-DF informou que ainda está verificando a situação, mas revelou a expectativa de que tudo logo se normalize.
O Gabinete Integrado de Acompanhamento informou pela manhã que 1,35 milhão de litros de gasolina já haviam sido entregues aos estabelecimentos do Distrito Federal. Os postos da capital, principalmente os do Plano Piloto, também já voltaram a receber diesel e GLP (gás liquefeito de petróleo).
Embora a Polícia Militar continue disponibilizando escolta para os caminhões, muitos veículos já trafegam sem necessidade de acompanhamento policial. De acordo com o gabinete, já não há manifestantes concentrados perto das distribuidoras, e o tráfego de caminhões flui sem problemas.
Segundo a Inframérica, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Brasília, nove caminhões entregaram querosene de aviação na quarta-feira e novos carregamentos são aguardados para esta quinta-feira. Entre a meia-noite e as 10h, houve 88 pousos e decolagens no Aeroposto Juscelino Kubitschek. Dois voos foram cancelados e um sofreu atraso. Para a concessionária, o movimento é normal para um feriado.