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Corregedoria da PM paulista manda prender 14 soldados suspeitos de assassinato

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Quatorze policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) tiveram prisão preventiva decretada após a Corregedoria da Polícia Militar (PM) ter chegado a indícios de que eles podem ter executado na última quinta-feira (6) dois homens na zona norte da capital paulista. Segundo o corregedor da PM, coronel Levi Felix, foram feitos 16 disparos, mas ainda não se sabe se todos os policiais presos atiraram.

Os PMs integravam duas equipes da Rota, reunindo quatro sargentos, quatro cabos e seis soldados. Na versão deles, as mortes ocorreram após um confronto, na Avenida Felipe Pinel, no bairro Pirituba. Segundo os policiais, as vítimas resistiram à ordem de parar e, na fuga, perderam o controle do carro. Então, passaram a atirar contra os policiais, que revidaram. Um dos homens conseguiu escapar, disseram os PMs.

Porém, essa versão foi desmontada: as mortes ocorreram às 14h, na Avenida Felipe Pinel, mas uma das vítimas, Hebert Pessoa, foi abordada por volta das 11h por uma das equipes da Rota, em Guarulhos.

O relato foi feito por um amigo da vítima. Os dois saíram de Diadema, no ABC Paulista, para furtar residências. Hebert ficou no carro enquanto o parceiro tocava a campainha de uma casa para checar se não havia ninguém na casa. Nesse momento, os policiais da Rota, que voltavam de uma escolta de presos conduzidos àquela cidade, abordaram apenas Herbert.

Por meio de radares, a corregedoria conseguiu detectar que o mesmo veículo de Hebert, um Palio, passou pela Avenida Edgar Facó, em Pirituba, e, logo em seguida, foi registrada passagem de umas das viaturas da Rota. Uma das hipóteses averiguadas é que as mortes podem ter ocorrido fora do local relatado.

Além da conduta dos policiais, a corregedoria investiga se de fato procede a versão deles de que, com os suspeitos foram encontrados uma submetralhadora de 9 milímetros, um revólver, um colete à prova de balas e duas bananas de dinamite. Uma das armas foi subtraída da PM de Diadema, cidade onde morava um dos suspeitos mortos.

Marli Moreira, ABr

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