O empresário Silvio Assis entrou no radar da CPI do Genocídio. Os senadores suspeitam de suas perigosas ligações com Ciro Nogueira, líder do Centrão e detentor de forte influência em diferentes áreas da capital da República. Dono de negócios (muitos deles falidos) em Manaus, Macapá e Brasília, onde se aventurou no ramo da comunicação quando Rodrigo Rollemberg era governador e Celina Leão presidente da Câmara Legislativa, o lobista teria trânsito livre nos corredores do Ministério da Saúde. Se agosto é mês aziago para muita gente, pode ser para Silvio, prestes a ficar cara-a-cara com os senadores que investigam negócios supostamente ilícitos na compra de vacinas contra a Covid. Há, portanto, quem tema o depoimento desse que é considerado um homem-bomba. Avalia-se que, se ele for apertado, poderá implodir acordos que beneficiam próceres da política e dos mercados financeiro e publicitário. E como a explosão será grande, tende a espalhar estilhaços em direção ao Piauí, Pernambuco, Rio, São Paulo e Minas Gerais.