Crateras consideráveis, algumas delas chegando a 90 pés de profundidade, surgiram sob as ondas do Oceano Ártico. Os cientistas sugerem que essas crateras são o produto do permafrost submerso na borda do degelo do Mar de Beaufort, e que a mudança está sendo causada pelo “recuo das geleiras da última era glacial” e não pelas mudanças climáticas, de acordo com a Newsweek.
Esse desenvolvimento veio à tona depois que uma equipe de pesquisadores liderada por Charles K. Paull, cientista sênior do Monterey Bay Aquarium Research Institute, na Califórnia, empregou tecnologia avançada de mapeamento para realizar pesquisas do fundo do mar de Beaufort entre 2010 e 2019, tentando avaliar as mudanças produzidas pelo degelo do permafrost.
Suas descobertas mostram o surgimento de grandes depressões com lados íngremes em profundidades entre 400 e 500 pés.
Enquanto o meio de comunicação observa que a matéria orgânica em decomposição no degelo do permafrost pode fazer com que o solo literalmente exploda devido à pressão causada pela liberação de metano e outros gases de efeito estufa, Paull disse que sua equipe não acha que as crateras observadas foram formadas devido a tais processos.
“As evidências sugerem que as características submarinas que observamos se formando são essencialmente sumidouros e escarpas em retirada, colapsando no espaço vazio deixado para trás pelo degelo do permafrost rico em gelo”, explicou ele.
O cientista também disse que ele e seus colegas ficaram chocados com a descoberta e que as crateras acabaram sendo maiores do que esperavam.