De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (15), 17 mil pessoas se encontram na fila virtual para cirurgias no Instituto Nacional de Traumatologia (Into). O número de pacientes que aguardam atendimento cresceu 33% desde dezembro e a tendência é que continue crescendo.
Com cores e muitas limitações, dona Maria já passou por três cirurgias ortopédicas. A quarta, na bacia, será a mais delicada. “É muito ruim sentir dor. Só quem sabe é quem está passando. Esperar quatro, cinco anos para uma cirurgia”, lamenta.
O Into lidera os procedimentos de alta complexidade no país e recebe pacientes de outras cidades e até de estados. Os dados foram enviados em relatório à Defensoria Pública da União. O Into é alvo de uma ação civil pública para reduzir a fila de espera e promete tomar providências para agilizar o atendimento. Até o fim do ano, se compromete a realizar 11 mil cirurgias.
A direção do instituto admite que o tempo de espera nas filas permanece elevado e atribui a isso vários motivos, principalmente, a inexistência de uma rede pública para atendimento aos pacientes.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que o atendimento de alta complexidade é atribuição do Governo Federal e dos estados. A Secretaria Estadual de Saúde informou que mantém 8 unidades de urgência e emergência para atender pacientes ortopédicos. O Ministério da Saúde informou que o Into deve fazer este ano 10.400 cirurgias.