O comprimento médio do pênis ereto passou por um surto de crescimento impressionante nos últimos 29 anos, e esse é um motivo para se preocupar seriamente, revela um novo estudo. Em vez de alimentar o orgulho que os homens costumam ter quando ostentam membros maiores, esse trecho de notícia científica vem com um monte de advertências de saúde.
Depois de avaliar os dados de 55.761 homens de 1941 a 2021, contidos em uma infinidade de relatórios, os pesquisadores liderados por Michael Eisenberg, professor de urologia na Stanford Medicine nos EUA, descobriram que um aumento de 24% no comprimento ocorreu globalmente em todos os faixas etárias.
Assim, o comprimento de um pênis ereto cresceu de uma média de 4,8 polegadas para 6 polegadas ao longo do período de tempo em questão. Esta é uma mudança seriamente grande que ocorreu muito rapidamente e, como tal, não deve ser ignorada, alertou a equipe de cientistas.
De acordo com Eisenberg, a pesquisa, cujas descobertas foram publicadas no The World Journal of Men’s Health, foi motivada por estudos anteriores que se concentravam nas tendências preocupantes dos dados de saúde reprodutiva masculina. A qualidade do esperma e os níveis de testosterona vêm diminuindo há décadas, revelaram estudos, e o professor Eisenberg se perguntou se talvez houvesse outras mudanças ocorrendo na anatomia física dos homens que tivessem impacto na saúde reprodutiva.
Depois de estudar as mudanças, a equipe determinou que eram um reflexo de fatores ambientais externos.
“Qualquer mudança geral no desenvolvimento é preocupante porque nosso sistema reprodutivo é uma das peças mais importantes da biologia humana”, disse Eisenberg, Ele acrescentou que a mudança ocorreu em “um período de tempo relativamente curto” ou, em outras palavras, um grande surto de crescimento ocorreu rapidamente.
Quanto às razões específicas para tais mudanças dramáticas, elas podem incluir a exposição a produtos químicos contidos em pesticidas ou produtos de higiene. Estes, por sua vez, possivelmente estavam afetando os sistemas hormonais dos homens. Substâncias químicas que afetam o sistema endócrino também existem em nossa dieta, alertou a pesquisa.
Estudos anteriores na última década reuniram dados substanciais para sugerir um declínio na contagem de espermatozoides ao longo do tempo, com aumento da obesidade, má alimentação e exposição a toxinas ambientais sugeridas como causas prováveis. Uma revisão dos dados médicos dos últimos 50 anos mostrou que a contagem de esperma humano caiu mais de 50% em todo o mundo. Alguns cientistas especularam que as mudanças já estavam acontecendo no útero.
“Sabemos que o estresse da mãe, o tabagismo materno e especialmente a exposição a produtos químicos artificiais que estão no plástico, prejudicam o desenvolvimento do sistema reprodutor masculino”, observou Hagai Levine, epidemiologista e pesquisador de saúde pública da Broun Escola de Saúde Pública e Medicina Comunitária.
Olhando para o futuro, os cientistas liderados por Michael Eisenberg, querem analisar, por exemplo, dados pertencentes à população pediátrica e aos órgãos reprodutivos das mulheres para verificar alterações semelhantes. As descobertas podem oferecer alertas precoces de mudanças irreversíveis causadas por fatores de estilo de vida ou exposições ambientais.