O partido de extrema-direita Rassemblement National (RN), liderado por Jordan Bardella, obteve uma vitória histórica, conquistando 31,5% dos votos. Este resultado é significativo, marcando a primeira vez desde 1984 que um partido francês ultrapassa 30% nas eleições europeias. Em contraste, o partido Renaissance, do presidente Emmanuel Macron, conseguiu apenas 15,2% dos votos, refletindo um declínio em relação aos 22% que obteve em 2019.
A derrota acentuada levou Macron ao desespero. Logo ele, que decidiu antecipar as eleições na França tão logo viu o resultado das urnas em outros países da União Europeia. O crescimento da extrema-direita em toda a UE tem sido notável, refletindo um aumento significativo no apoio popular a partidos nacionalistas e anti-imigração. Um dos exemplos mais marcantes foi a ascensão do RN.
Além da França, outros países europeus também viram um aumento no apoio a partidos de extrema-direita. Na Itália, o partido Liga, liderado por Matteo Salvini, também teve um desempenho forte. Esses resultados indicam uma mudança significativa no panorama político europeu, com um número crescente de eleitores expressando insatisfação com as políticas atuais da União Europeia e procurando alternativas que prometem maior controle nacional sobre questões como imigração e economia.
Essa tendência de crescimento da extrema-direita representa desafios importantes para a União Europeia, que precisará lidar com um Parlamento Europeu mais fragmentado e possivelmente mais polarizado. A ascensão desses partidos pode impactar as políticas e a governança da UE, especialmente em áreas sensíveis como a migração, a segurança e a cooperação internacional. Um reflexo imediato desse quadro deve ser a guerra Rússia-Ucrânia. Kiev, avaliam analistas políticos, não deverá mais contar com tanto apoio em sua batalha contra Moscou.