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Criança que precisava de coração novo e FAB não levou morre sem fazer transplante

Um menino de 12 anos morreu em Brasília após não conseguir fazer um transplante de coração por falta de uma aeronave para transportar o órgão. No primeiro dia do ano, a Central Nacional de Transplantes localizou um coração compatível em Minas Gerais, mas a Força Aérea Brasileira (FAB) alegou que não tinha avião disponível para fazer o voo até o Distrito Federal.

Devido à gravidade de seu estado de saúde, G.L.A estava na lista nacional de espera por um transplante em caráter prioritário. O coração do doador estava em Itajubá, a 40 minutos de carro de Pouso Alegre, cidade mais próxima com pista de pouso para aviões A FAB informou que não pôde atender ao pedido “por questões operacionais”.

O garoto estava internado no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal e a família não autorizou a divulgação de informações sobre seu prontuário médico.

A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde destacou a dificuldade logística para realização do procedimento, considerando que, do momento da retirada do coração do peito do doador até o seu implante no receptor, não pode ultrapassar quatro horas, sob risco de insucesso do transplante. “Esse exíguo tempo (chamado tecnicamente de tempo de isquemia fria) dificulta a realização da retirada e do transplante em casos em que o potencial doador se encontra no interior do País, como o ocorrido no dia 1º de janeiro”.

Em nota, o Ministério da Saúde ressaltou a colaboração da FAB e a parceria com empresas de aviação civil no transporte gratuito de órgãos para transplante. Já a FAB lembrou que tem acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde desde 2013 para priorizar o transporte de órgãos e tecidos, colaborando assim para ampliar o número de transplantes no País.

“Além dessas atribuições, a FAB realiza o transporte de órgãos em aproveitamento de missões militares, de acordo com a disponibilidade e considerando aspectos operacionais. No dia 1º de janeiro, a FAB não pôde atender ao pedido por questões operacionais”, disse o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.

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