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China

Crianças modificadas geneticamente vivem em paz

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Autor/Imagem:
Igor Kusnetov/Via Sputniknews - Foto Reprodução

As primeiras crianças geneticamente modificadas do mundo estão vivendo uma vida “normal” e “pacífica” com seus pais, disse o cientista genético chinês He Jiankui. “Eles têm uma vida normal, muito tranquila. Esse é o desejo deles e devemos respeitá-los”, disse.

O cientista destacou que não deseja que as crianças sejam incomodadas para fins de pesquisa científica, acrescentando que “a felicidade das crianças e de suas famílias deve estar em primeiro lugar”. Ele acrescentou que depois que as crianças completassem 18 anos, elas decidiriam por si mesmas se fariam exames médicos ou não.

Apesar de afirmar que os genes foram “editados com sucesso” e que as crianças seriam total ou parcialmente imunes ao HIV, vários especialistas contestaram os resultados de seus estudos e afirmaram que o cientista chinês “criou novas mutações, que podem levar ao HIV resistência, mas talvez não.”

Após sua libertação da prisão em abril de 2022, He Jiankui montou um novo laboratório em Pequim para desenvolver terapia genética acessível para doenças genéticas raras, como a distrofia muscular de Duchenne.

“Tenho uma visão de longo prazo, que é que cada um de nós deve estar livre de doenças hereditárias”, disse ele.

Atualmente, o cientista planeja registrar uma organização de pesquisa sem fins lucrativos chamada Instituto de Pesquisa de Doenças Raras de Pequim, informou a mídia chinesa.

Em novembro de 2018, o pesquisador anunciou o nascimento de dois bebês cujo DNA foi modificado para que pudessem desenvolver imunidade à infecção pelo HIV. Um terceiro bebê nasceu um ano depois.

O cientista foi criticado pela comunidade científica e as autoridades chinesas o acusaram de prática médica ilegal. Ele foi condenado a três anos de prisão e multado em 3 milhões de yuans (cerca de US$ 422.500).

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