A criminalidade banha de sangue e de morte cidadãos brasileiros. O que é feito no país, senão só politicagem e corrupção, para pôr fim a esse estado cruel em que está mergulhada a família brasileira?
Recentemente, por ocasião dos debates políticos, a presidente reeleita teceu comentários de que a responsabilidade pela segurança pública brasileira é dos estados, porque assim está na Constituição. Grande equívoco, pois a inteligência correta, do Art. 144 da Constituição Federal, é que a responsabilidade é compartilhada entre a União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios.
É lamentável que alguém que esteja na direção do país venha se eximir de culpa quando assiste à sociedade brasileira ser assassinada diuturnamente. Como a presidente é cercada de segurança por todos os lados, inclusive para a sua família, não lhe toca nenhuma compaixão a dor sofrida por aqueles que são atingidos por balas e ficam paraplégicos ou por aquelas famílias que diariamente perdem os seus entes queridos em um país de total falta de segurança pública.
Ora, a Constituição não impede nenhum governo federal, se assim entender, de destinar recursos aos estados e municípios com objetivo de complementar a despesa com segurança pública dos cidadãos.
Pode não chocar os defensores dos direitos humanos dos bandidos – verdadeiros hipócritas e burocráticos dos direitos sociais – ver bando de deliquentes juvenis ou de maiores de idade estuprar, seviciar, assassinar, enfim, agredir de todas as formas a família brasileira trabalhadora. E ainda assim, esses pseudodefensores têm a pachorra de julgar que os malfeitores são apenas vitimas da omissão social? Ou seja, a sociedade contributiva “é culpada”, os delinquentes não são delinquentes porque querem: eles são “produtos das injustiças sociais”. E por que o poder público não executa as políticas ditas inclusivas? Assim, engessados, não podemos endurecer com a bandidagem solta até que a última família morra, para gáudio dos farisaicos doutores ou defensores dos direitos humanos.
Alguns criticam que a mídia televisiva só noticia e mostra o mundo cão brasileiro de violência e assassinato diário. Mas essa é uma realidade nacional que não pode ser escamoteada e que até agora pouco ou nada foi feito pelos nossos políticos e governantes para reverter a situação.
Mas o que me revoltou e ensejou escrever este artigo foi a notícia de que mais uma vítima da insegurança nacional foi registrada: a empresária Vanessa Rodolpho Garcia Baroni, 39 anos, foi assassinada com um tiro na frente dos três filhos durante um assalto, na zona oeste de São Paulo, quando se dirigia para o carro da família.
Até quando esses políticos e governos corruptos vão tomar vergonha e se preocupar com a segurança da sociedade, que paga alta carga tributária para sustentar o salário de mequetrefes políticos, mas não recebe serviços públicos de qualidade?
Júlio César Cardoso