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Crise acelera corrida do povão para sacar poupança
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emAs cadernetas de poupança voltaram a encerrar o mês no vermelho. Em outubro, as cadernetas acumularam saque líquido de R$ 2,006 bilhões, informou nesta terça-feira, 7, o Banco Central. Isso significa que as retiradas superaram o total depositado durante o mês. O resultado negativo ocorreu após uma sequência de cinco meses seguidos com captação positiva observada até setembro.
Em outubro do ano passado, houve saques líquidos de R$ 2,712 bilhões e, em setembro de 2017, as contas terminaram com depósitos líquidos de R$ 3,653 bilhões.
Os saques das cadernetas se concentraram no decorrer da segunda, terceira e início da quarta semana do mês passado. De 9 a 26 de outubro, houve retirada líquida de R$ 11,554 bilhões.
De acordo com o BC, o total de aplicações na poupança em outubro foi de R$ 173,142 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 175,149 bilhões. O estoque do investimento na poupança está em R$ 695,216 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 3,212 bilhões no decorrer do mês passado.
No acumulado de 2017 até setembro, a poupança registra saques líquidos de R$ 6,164 bilhões, resultado de aportes de R$ 1,700 trilhão e retiradas de R$ 1,706 trilhão. Em todo o ano passado, em meio à crise, R$ 40,702 bilhões líquidos saíram da poupança.
Além da influência da crise econômica, a poupança vinha perdendo espaço, nos últimos anos, para outros investimentos, considerados mais atrativos. A remuneração da poupança era formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) – esse cálculo valia para quando a Selic (a taxa básica de juros) estava acima de 8,5% ao ano. Como a Selic está atualmente em 7,50% ao ano, a remuneração da caderneta passou a ser formada pela TR mais 70% da Selic.