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Reviravolta

Crise política alimenta o clima de incertezas no País

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Nielmar de Oliveira

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) informou nesta terça, 30, no Rio de Janeiro, que o momento político vivido pelo país levou o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) a subir 9,3 pontos em maio, passando para 128,1 pontos. Em abril, ele estava em 118,8.

O economista Pedro Costa Ferreira, da Fundação Getúlio Vargas, disse que essa elevação de incerteza da economia verificada em maio inverteu uma tendência de queda do indicador, que vinha ocorrendo nos meses anteriores.

Segundo ele, “essa mudança de trajetória pode ser creditada quase que totalmente à crise política deflagrada pela divulgação da gravação de conversa do presidente Temer com o empresário Joesley Batista. Ou seja, a incerteza política gerando a incerteza econômica”.

Para o economista, “a ligação direta entre incerteza política e econômica deve-se, em grande parte, à conexão que especialistas e a mídia econômica fazem entre a estabilização da economia e a aprovação das reformas, principalmente a previdenciária”.

O Indicador de Incerteza da Economia Brasil (IIE-Br), divulgado pela FGV, avalia que o aumento do indicador, relativo a maio, ocorreu nos componentes Mídia e Mercado.

Segundo o levantamento, o fator que mais influenciou a elevação foi o IIE-Br Mídia, com alta de 8,5 e contribuição de 7,6 pontos para a evolução do IIE-Br no mês. Já o IIE-Br Mercado subiu 14,9 pontos, contribuindo com 1,9 ponto para o crescimento do indicador agregado de incerteza.

O IIE-Br Expectativa foi o único componente que teve queda de 0,8 e impacto de -0,2 ponto no IIE-Br.

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