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Crise deixa todo mundo tonto, estressado; e a labirintite, implacável, vai atacando…

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Bartô Granja, Edição

Delata, demite, prende, solta, coloca tornozeleira, devolve dinheiro da corrupção… Em meio a tanta crise política, tem gente procurando médico par saber o motivo de constantes vertigens e tonturas. Mas o diagnóstico é fácil (embora a recomendação expressa seja para que se mantenha a consulta): são sintomas comuns que, na maioria das vezes, decorrem de patologias ou alterações no labirinto.

O labirinto, essa também é fácil, é um órgão localizado dentro dos dois ouvidos. A ele cabe a responsabilidade de manter o corpo em equilíbrio. E quando algo está errado, surge a labirintite, um termo que se popularizou para caracterizar qualquer alteração nesta parte específica do corpo, com uma infecção ou inflamação.

No Brasil, mais de 30% da população sofre com esse problema, de acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mas a doença é tratável e tem cura, por mais séria que seja a crise política e o estresse, além da má alimentação, que provocam tudo isso.

O otorrinolaringologista Bruno Loredo, do Hospital Santa Luzia, em Brasília, comenta que o maior erro dos pacientes é considerar que qualquer tipo de tontura está relacionado à patologia. “Achar que todo tipo de vertigem é sintoma de labirintite é um erro muito comum. O paciente usa o remédio para aliviar os sintomas da provável doença, mas pode estar desenvolvendo outra patologia. A recomendação é ir ao médico para saber o real motivo das tonturas”, disse o especialista.

Outros fatores que podem aumentar as chances do desenvolvimento de vertigens é o estresse, falta de sono, má alimentação, alterações metabólicas, tudo isso pode piorar e até levar a um desmaio. “Café, chocolate em excesso, vinho, queijo, cigarro, tudo pode causar vertigem ou piorar os sintomas. É preciso prestar atenção não apenas no que se come, mas também em como se come. Fazer isto sentado à mesa, sem pressa e tranquilamente, diminui o estresse, ajuda a digestão e faz bem para todo o corpo, até mesmo para o equilíbrio”, destaca o médico.

Outro antídoto, lembra Bruno, é beber água. “Hidratar-se também é essencial. Beber aproximadamente dois litros de água por dia é fundamental para que todas as reações biológicas do corpo trabalhem normalmente”, aconselha.

A labirintite tem maior frequência no sexo feminino e em mulheres na terceira idade por conta das alterações hormonais como a menopausa, por exemplo. Mas Bruno Loredo afirma que existem tratamentos.

– É importante investigar o que ocasionou a alteração no labirinto. Além disso, é bom realizar o fortalecimento dele com atividades físicas ou até mesmo a terapia vestibular – uma espécie de fisioterapia para a região da cabeça feita por um fonoaudiólogo. Nela faz-se o estímulo do labirinto com movimentos da cabeça, para estimular o funcionamento do labirinto e o equilíbrio, finaliza o médico.

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