Cristovam puxa as orelhas de RR por repressão e reavalia o apoio do PDT ao Buriti
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emO país que bate em professor bate no seu futuro. O governo que autoriza ou tolera policiais baterem em professores é um governo que espanca o futuro de se pais, seu estado ou sua cidade. Seu povo. Bater em professores é o pior de todos os exemplos que uma sociedade pode dar para suas crianças. É isso o que a polícia do governador Rodrigo Rollemberg fez ontem e, pelo que parece, vai continuar fazendo, quando analisamos suas declarações de endurecimento nas relações com professores em greve.
Quase todo governador e prefeito já enfrentou greve de professores, mas felizmente são poucos aqueles que determinaram ou que ficaram omissos quando suas policias batem em professores. Se não tomar medidas muito claras que mostrem que os fatos de ontem não contaram com sua permissão ou autorização, Rodrigo Rollemberg vai ficar na história como um desses.
Entendo as dificuldades financeiras que o governo enfrenta, herdadas das irresponsabilidades do governo anterior, aliadas à recessão que provoca queda na arrecadação; possível que os sindicatos estejam ignorando esta realidade. Mas, por que o governador não insiste no diálogo com professores? Por que não chama os senadores, deputados, outras lideranças locais para dialogarem buscando solução?
Entendo a necessidade do governador manter abertas as vias públicas, interrompidas por manifestantes, inclusive por professores. Nem professores devem ter direito de impedir o fluxo das pessoas, entre as quais trabalhadores indo ao trabalho, doentes procurando atendimento. Mas, por que o governador se isola no palácio em vez de pedir nossa ajuda, para irmos dialogar mesmo na rua onde os manifestantes estão?
No meu serviço militar, aprendi que certos erros podem até ser explicados, mas são injustificáveis. A impossibilidade de pagar os reajustes pedidos podem ser explicada e entendida, violência contra professores jamais será justificada. É uma mancha que fica.
O governo Rodrigo ficou manchado. E eu me sinto incomodado de ter sido seu apoiador, avalista e por o PDT continuar lhe dando apoio.
*Texto do senador Cristovam Buarque, extraído do Facebook