Deu sono
Cruzeiro e Atlético erram muito, até nos chutes, e ficam no 0 a 0
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emEm clássico morno, com poucas emoções e repleto de erros dos dois lados, Cruzeiro e Atlético Mineiro empataram sem gols neste domingo, no Mineirão, pela 25.ª rodada do Campeonato Brasileiro, e frustraram os seus torcedores.
O clássico foi mais quente fora de campo do que dentro dele. Enquanto as diretorias brigaram nos bastidores em razão do preço dos ingressos para a torcida atleticana, em campo os reservas do Cruzeiro e os titulares do Atlético deixaram a desejar.
O jogo pode ser dividido em dois tempos. No primeiro, o time alvinegro, tentando colar nos líderes, foi quem mais buscou o jogo e teve as melhores chances, mas não foi eficiente o suficiente para vencer o arquirrival. Nos 45 minutos finais, o time de Mano Menezes cresceu com as entradas de Thiago Neves e Sassá e parou no goleiro Victor.
Com a igualdade, a equipe alvinegra caiu para o sexto lugar, agora atrás do Grêmio, com 42 pontos, e logo à frente do Cruzeiro, o sétimo, com 34 pontos. O resultado é pior para o Atlético, já que a equipe tem apenas a competição nacional para disputar. O Cruzeiro, por sua vez, está vivo na Copa do Brasil e na Copa Libertadores.
Enquanto o Atlético Mineiro descansa no meio de semana e só volta a atuar no domingo, contra o Flamengo, no Maracanã, às 16 horas, o Cruzeiro tem compromisso pela Copa Libertadores diante do Boca Juniors, na Argentina. A partida será na próxima quarta-feira, às 21h45, em La Bombonera, e é o primeiro duelo das quartas de final entre as duas equipes.
O clássico no Mineirão foi pouco atrativo no primeiro tempo. Escalado de forma ofensiva, apenas com Adilson como homem de contenção, o Atlético-MG teve mais volume de jogo e foi quem tomou a iniciativa de atacar. Em razão da proximidade do duelo com o Boca Juniors, pela Copa Libertadores, Mano escalou apenas reservas no Cruzeiro, que se defendeu bem e teve o goleiro Rafael como o grande nome da primeira etapa.
O suplente de Fábio salvou os cruzeirenses duas vezes na etapa inicial. Na primeira, defendeu cabeceio de Luan à queima-roupa, na pequena área. Depois, foi preciso em sua saída do gol para abafar a finalização de Cazares. Do lado atleticano, Victor também apareceu, mas negativamente. Ele errou algumas saídas de bola e só não teve mais azar porque os atacantes rivais não conseguiram concluir em gol.
O jogo na etapa final foi bem semelhante ao que se viu nos primeiros 45 minutos. Os treinadores bem que tentaram mudar o cenário com as substituições que fizeram. Mano trocou os três homens de frente e colocou Rafael Sóbis, Thiago Neves e Sassá, ao passo que Larghi apostou em Galdezani, Terans e Edinho. Sassá, por sua vez, voltou a jogar depois de três meses afastado por causa de uma lesão.
As alterações surtiram mais efeito no Cruzeiro, que, mais organizado e com maior qualidade na troca de passes, apresentou melhora e chegou a controlar as ações na etapa final diante de um Atlético disperso, que viu seus meias se esconderem em campo e os atacantes errarem muito. Sassá assustou em finalização que passou à direita da trave de Victor, mas foi Thiago Neves que teve a grande chance de marcar em seus pés no final da partida.
Após bate-rebate dentro da área, o meia finalizou de perna esquerda, dentro da pequena área, e viu Victor salvar à queima-roupa com a mão esquerda, de forma espetacular, o gol cruzeirense e manter o placar sem alteração no clássico mineiro.