Depois de uma péssima atuação no primeiro tempo, em que o técnico Marcelo Oliveira recomendou “passar uma borracha”, o Cruzeiro melhorou na etapa final e arrancou a vitória sobre o Santos, por 1 a 0, neste domingo, na Vila Belmiro. O treinador mexeu com o time no vestiário e trocou de volantes, tirando Lucas Silva e colocando Henrique. O time visitante apertou a marcação e, dessa forma, conseguiu um importante triunfo, que o levou a 70 pontos e que pode até mesmo deixá-lo campeão brasileiro na próxima rodada.
Para que isso ocorra, no entanto, o torcedor celeste tem de torcer por derrota do São Paulo, que tem um jogo a mais – empate com o Internacional, em 1 a 1, pela 35ª rodada –, na noite deste domingo, diante do Palmeiras, no Morumbi. A derrota do tricolor paulista aumentaria para sete pontos a diferença entre líder e vice. Nesse caso, o Cruzeiro precisaria vencer o Grêmio, em Porto Alegre, na quinta-feira, pois o São Paulo não atuará no meio de campo, para comemorar o título com antecedência.
Já o Santos, que mostrou pouco ‘apetite’ em todo o jogo, continuou com 46 pontos e completou sete jogos sem vitória, sendo cinco pelo Brasileirão e duas pela Copa do Brasil, com cinco derrotas e dois empates. Além disso, não conseguiu a esperada ‘revanche’ contra o Cruzeiro, que o eliminou na semifinal da Copa do Brasil, com triunfo no Mineirão, por 1 a 0, e empate em 3 a 3, na Vila Belmiro, depois de estar perdendo por 3 a 1.
O Cruzeiro quase marcou um gol olímpico, logo no primeiro minuto, quando Bruno Uvni cedeu escanteio, ao errar passe. Na cobrança, Marquinhos bateu o escanteio e Aranha defendeu. O começo promissor celeste não continuou ao longo da etapa inicial com uma atuação muito ruim. “Temos de passar uma borracha neste primeiro tempo, parece que estamos jogando amistoso e não um jogo decisivo, de um time que está disputando a primeira colocação”, afirmou Marcelo Oliveira, no intervalo.
O Santos, por sua vez, chegou pela primeira vez ao ataque aos 7 min, mas sua grande chance foi aos 15 min, quando Gabriel, apareceu livre, driblou Fábio, mas desequilibrou-se e tocou a bola para fora. “Consegui passar pelo Fábio, mas o Manoel dividiu comigo e me desequilibrou. Acabei perdendo o gol, mas fizemos um primeiro tempo”, comentou o camisa 10 santista. O time da casa atacou mais, especialmente com Cicinho às costas de Samudio, mas pouco finalizava: cinco contra três nos 45 minutos iniciais.
O Cruzeiro voltou com Henrique na vaga de Lucas Silva para o segundo tempo, na tentativa de fazer um jogo melhor. “Estamos marcando muito mal e não estamos conseguindo jogar”, comentou Marcelo Oliveira, ao explicar a iniciativa de tirar Henrique, que tinha sido poupado, do banco. O Santos voltou com a mesma formação. Não demorou para o Cruzeiro dar a resposta ao seu treinador. Aos 7 min, após tabelar com Marcelo Moreno, Ricardo Goulart bateu e venceu o goleiro Aranha.
Depois disso, o líder jogou com inteligência, buscando a posse de bola e evitou passar por grandes sustos. Quando precisou, Fábio apareceu bem, como aos 37 min, ao defender cabeçada de Neto. Nos acréscimos, Everton Ribeiro deu passe calcanhar para Willian Farias, que mandou a bola no travessão santista, desperdiçando a chance de aumentar a vantagem do líder do Campeonato Brasileiro.