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Cuba abre as portas para iniciativa privada mas mantém o comunismo

Foto/AP - EstadãoConteúdo

O Parlamento cubano aprovou neste sábado, 22, o projeto da nova Constituição, que reconhece o papel do mercado e da propriedade privada, sem renunciar ao comunismo como meta. Não há menção direta ao casamento homossexual no texto de 229 artigos, que será levado a um referendo em 24 de fevereiro.

O texto foi aprovado numa sessão da Assembleia Nacional que não teve presença da imprensa internacional e foi transmitida com atraso de duas horas aos cubanos. A votação teve a presença do presidente Miguel Díaz-Canel e de Raúl Castro, que ainda comanda o Partido Comunista (PCC).

O rascunho de Constituição aprovado em julho foi modificado em 60% de seu conteúdo após uma série de consultas populares que envolveram quase 9 milhões de pessoas entre agosto e novembro. O texto recoloca como objetivo o comunismo, termo que havia sido eliminado do projeto inicial, e confirma o Partido Comunista como “força política” dirigente.

A insistência com o uso do termo comunismo incomodou dissidentes, que convocaram a população a rejeitar a nova Carta na votação de fevereiro. O movimento adotou a hashtag #yovotono.

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