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Cubanos desafiam regime e protestam contra governo

Manifestantes foram às ruas em Cuba aos gritos de “Liberdade” e “Abaixo a ditadura” neste domingo (11). A piora da pandemia da Covid-19, assim como a situação econômica do país – a pior em 30 anos –, agravada pela redução do turismo, são alguns dos motivos para o ato contra o governo cubano. Os moradores de Cuba também têm relatado cortes de eletricidade na ilha.

Os protestos, divulgados nas redes sociais, começaram de forma espontânea pela manhã. Trata-se de um fato incomum no país governado pelo Partido Comunista, onde as únicas concentrações autorizadas costumam ser as do partido. As informações são da Agência France Presse.

Gritando principalmente “Pátria e vida”, título de uma canção polêmica, mas também “Abaixo a ditadura” e “Não temos medo”, milhares de manifestantes marcharam pelas ruas de San Antonio de los Baños, uma pequena cidade de 50 mil habitantes a cerca de 30 km da capital Havana.

“Liberdade”, entoavam outras centenas em Malecón, na costa de Havana.

Outros protestos foram relatados e transmitidos ao vivo pelo Facebook ou Twitter, em todo o país, onde a internet móvel só chegou no fim de 2018.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, também se dirigiu à cidade acompanhado de militantes do partido, que desfilaram gritando “Viva Cuba” e “Viva Fidel”.

“Não vamos admitir que nenhum contrarrevolucionário, mercenário, vendido ao governo dos EUA, vendido ao império, recebendo dinheiro das agências, deixando-se levar por todas essas estratégias de subversão ideológica, provoquem desestabilização em nosso povo”, disse o presidente de Cuba.

“Haverá uma resposta revolucionária. Estamos convocando a todos os revolucionários do país, a todos os comunistas, para que saiam às ruas em todos os lugares onde ocorram essas provocações.”

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