Sarah Duarte
Lançado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff, o programa Mais Médicos está fadado ao fracasso. Ao menos no que se refere à presença, em terras brasileiras, dos profissionais vindos de Cuba. O temor, na melhor das hipóteses, é o de que as cidades socorridas por médicos daquela ilha caribenha voltem a ficar à mercê de curandeiros.
Em pouco mais de três anos aportaram por aqui cerca de 11 mil médicos cubanos. A grade maioria veio em busca de liberdade. Trabalhou, quis continuar trabalhando, mas o regime de Raúl Castro criou obstáculos. Era preciso voltar, para dar oportunidade a outros profissionais. Suprimidos os médicos, suprime-se, automaticamente, o direito à saúde de milhões de brasileiros.
As áreas onde eles ainda atuam estavam abandonadas à própria sorte. Há casos em que cidades com 30 mil habitantes não dispunham sequer de um profissional de saúde. A lacuna que foi preenchida com a ‘importação’ de médicos cubanos amaeça voltar, agora como uma ferida aberta capaz de provocar gangrena.
Passados quatro anos, há acertos e desacertos. É preciso ter coragem para apresentar as falhas, a maioria delas vinda da política repressiva de Cuba. Ninguém pode sabotar ou tentar desmontar um programa que tem a aprovação de 90% dos usuários distribuídos em mais de 4 mil cidades deste País. Afinal, são 60 milhões de brasileiros atendidos diretamente pelo programa.
O principal desacerto foi permitir que o 60% dos médicos participantes trabalhassem em condições de escravidão, violando os princípios básicos dos direitos humanos e até a mesma Constituição brasileira. Questiona-se o fato de o governo manter essa exploração. É preciso que a sociedade una forças para quebrar essa corrente. A história está sendo escrita. Não se pode simplesmente desligar de um programa cuvbanos que, adotando o Brasil como segunda pátria, são obruigados a voltar ao país cujo refgime político repudiam.
O Brasil é grande. E sempre esteve aberto a quem ama a liberdade. Se os médicos cubanos foram importantes quando aqui chegaram, devem ter respeitados sua vontade e direito de aqui permanecer. É como disse Nelson Mandela. “Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros.”