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Cuidado com as trocas e as compras de última hora

Mariana Branco

A comemoração do Natal e a troca de presentes ocorrem no sábado (24) e no domingo (25), mas nem todos compraram as lembranças com antecedência. Muitos consumidores deixaram para ir aos shoppings no último momento, seja por falta de tempo, algum presente esquecido ou desejo de aproveitar as promoções para os itens que sobraram no estoque. Para quem foi ou ainda irá às compras, entidades de defesa do consumidor recomendam atenção.

“Quem não comprou ainda, o bom é sair com lista, saber o que vai comprar”, recomendou a advogada Maria Inês Dolci, coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste). Segundo ela, é preciso calma para enfrentar as filas e a demora normais no período.

Ela aconselha ainda que, mesmo com pressa, os consumidores não deixem de observar detalhes sobre o produto. É importante, por exemplo, saber se a loja aceita fazer trocas. “A troca não é obrigatória, quando o produto não tem defeito. É uma liberalidade da loja. Por isso é importante perguntar, guardar a nota fiscal. Muitos lojistas já entregam uma nota autorizando a troca”, disse.

A advogada lembrou ainda que, por não ser uma obrigação, o lojista pode estabelecer o prazo que preferir para as trocas. “É preciso ficar atento, pois ele pode limitar para um período específico.”

O Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF), diz que os produtos em promoção também seguem a política de troca estabelecida pelo vendedor. “A troca é opção do lojista, mas deve ser informada sempre ao cliente”, ressaltou a entidade, em nota.

Produto defeituoso – O Procon-DF lembra ainda que, no caso de produto defeituoso, o consumidor pode exigir o conserto. Se o problema não for solucionado em 30 dias a partir da comunicação, é possível exigir um produto novo ou cancelar a compra e pedir o dinheiro de volta. Outra opção, se aceita pelo comprador, é receber um abatimento e ficar com o produto defeituoso. Trata-se de uma alternativa viável nos casos de defeitos de menor monta e que não comprometem o uso do produto.

A servidora pública Daniela Rodrigues de Miranda, 35 anos, não teve dificuldades para trocar uma roupa. “Eu comprei nesta semana e descobri que não ia servir. Ainda bem que a loja não estava tão lotada”, disse. Segundo Daniela, em função da crise, os valores e quantidade de presentes de Natal este ano estão menores que nos anos anteriores.

A prudência nos gastos também é uma recomendação da advogada Maria Inês Dolci para os consumidores que ainda irão às compras de Natal. “Uma boa estratégia é estabelecer um teto e procurar não se endividar em muitas parcelas. O consumidor deve se lembrar que o início de ano traz muitos gastos e estamos em uma crise. O consumo não deve ser emocional”, aconselha.

Promoções – O vendedor Luciano de Melo Souza, 18 anos, deixou para ir às compras com familiares perto do Natal por acreditar que haveria mais promoções próximo à data. “Viemos comprar brinquedo para os sobrinhos e roupas para a família”, informou. De acordo com o vendedor, apesar de haver produtos com preço bom, as filas estavam longas.

“Até o momento a gente só conseguiu concluir a compra de um sapato. Agora já estamos escolhendo [a loja] pela fila e não pela promoção”, brincou. Apesar da dificuldade, a intenção era não ir embora antes de terminar a lista de compras. “Viemos de Planaltina [cidade a cerca de 50 quilômetros de Brasília] só pra isso. Vamos ficar até o fim”, afirmou Luciano.

A orientação do Procon-DF aos consumidores que tiverem alguma reclamação sobre o produto é, no primeiro momento, procurar o vendedor ou o fabricante, pois os dois são responsáveis pelo item. Caso o problema não seja resolvido, é possível procurar os postos de atendimento no Distrito Federal.

Agência Brasil

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