Conforme passagem no canto encantado de Chico Buarque de Holanda, Roda Viva, “Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu”, nos vêm à lembrança os “ataques psíquicos”, a que todos nós estamos sujeitos a todo tempo e à toda hora. Uns mais, outros menos, a depender dos mecanismos de defesa “instalados” e prontos a operar.
Quando o mundo para, de repente, causando estranheza a nós mesmos, perante o estado de debilidade, fraqueza e impotência súbitos, pode ser efeito de um ataque psíquico, termo utilizado para descrever uma suposta influência negativa sobre a mente ou espírito de uma pessoa. Ou ainda, efeitos nefastos de um ambiente “carregado” sobre o indivíduo sensível, desavisado ou desguarnecido. Entendemos como ambientes pesados cemitérios, hospitais, delegacias, clínicas de repouso e logradouros com amontoados de gente.
O ataque psíquico ou “encosto” pode ser resultado da ação de pessoas malignas, que cultivam o mal pelo mal, cujo olhar é de “secar pimenta”, facilmente percebido pelos menos ingênuos e mais atentos. A manipulação emocional é o controle ou influência de alguém sobre o comportamento ou emoções alheias; o ataque mental, por sua vez, é quando há uma pretensão de dominar a vontade de outra pessoa pela força do pensamento ou assédio hipnótico.
Assim, energias negativas são enviadas através de pensamentos ou sentimentos nocivos, cujas vibrações baixas emitidas têm a intenção de prejudicar o outro por pura maldade, despeito ou inveja, causando danos emocionais, físicos ou espirituais. Há ainda a contaminação pelo ambiente ou objetos embebidos de energias negativas, tornando a pessoa vulnerável, fragilizada, insegura, nervosa, medrosa, impotente…
Todavia, são muitas as práticas, mecanismos e recomendações de defesa aos ataques psíquicos consagradas nos quatro cantos do mundo. Uma forma de resistir é manter pensamentos positivos diante das adversidades ou situações contrárias ao movimento e evolução natural do Ser. As práticas de meditação, oração, canto e entoação de mantras são procedimentos eficazes para a defesa psíquica e limpeza espiritual.
Nesse quesito, os limites emocionais devem ser estabelecidos, na medida do possível, sendo recomendado o exercício do “não pensamento”. Quer dizer, fazer um esforço momentâneo, ao longo do dia, para não pensar em nada. Mesmo que seja por alguns minutos, para limpeza da mente, afastando os maus pensamentos e assim poder recalcular a rota.
Para o equilíbrio emocional, psíquico e espiritual uma consulta aos oráculos serve para expandir a mente e abrir os olhos, através da comunicação com o subconsciente proporcionado pelos métodos e instrumento de domínio das ciências ocultas. Entre os oráculos divinatórios e premonitórios mais conhecidos, são aconselhados o Tarot, a Quiromancia, a Numerologia, a Astrologia, os Búzios, as Runas e as Bolas de Cristal, entre outros.
Mas, atenção: todo cuidado é pouco na busca de orientação espiritual. No “mercado esotérico” são comuns os falsos gurus, bruxos e bruxas de ocasião, e os aprendizes de feiticeiro. Normalmente são charlatães oportunistas que prometem mundos, fundos e remédios para todos os males, com a prescrição de fórmulas simples e milagrosas, como chás, incensos, defumadores, talismãs e oferendas.
O imortal Conde de Saint Germain nos ensina no seu “Livro de Ouro”, que somos, cada um de nós, uma centelha divina bioluminescente. A prática do EU SOU aciona o mecanismo de defesa, de blindagem e fortalecimento do SER. Assim, no momento de fraqueza, medo ou receio de alguém ou qualquer influência temerosa devemos pronunciar de forma vibrante: EU SOU A LUZ QUE ILUMINA!.
Dito e feito, deixe que as forças divinas façam o resto. E reze!
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Hussein Sabra el-Awar é membro do @colegiodosmagosesacerdotisas