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Cultura do ódio e do racismo move trama de Mudbound

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Autor/Imagem:
Pedro Nascimento, Edição

A atriz Carey Mulligan tem sido veemente na defesa da diretora de Mudbound – Lágrimas sobre o Mississippi. Diz que, se Dee Rees fosse homem, e branco, estaria no Oscar e até dirigindo Star Wars. Carey levanta a bandeira de que a série mítica ainda não teve uma diretora. Até a produtora Kathleen Kennedy admite se incomodar com isso.

Mudbound cavou quatro indicações no Oscar – atriz coadjuvante, fotografia (a primeira mulher indicada na categoria, Rachel Morrison), canção e roteiro adaptado. Merecia mais. Talvez o relato pareça antigão – dois soldados, um branco e outro negro, de volta ao Sul agrário e racista, após a guerra.

O negro foi acolhido como libertador na Europa, teve uma amante branca, para a qual sua cor nunca foi problema. E agora ele está de volta, com a KKK no seu encalço. Só tem diálogo com o ex-soldado branco, que bebe até cair. Ele se revolta. Há mais de 50 anos, Otto Preminger fez um filme contando uma história similar. Tensões raciais, sociais, sexuais: O Incerto Amanhã. Passado todo esse tempo, a cultura do ódio permanece. Mudbound é maravilhoso.

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