Marta Nobre
O terremoto político provocado pela delação de Joesley Batista à Lava Jato, pode ser considerado desde já um ligeiro tremor sem grandes consequências. É o que avaliam analistas políticos, com a decisão – anunciada pela coluna Radar, da revista Veja – de Eduardo Cunha enfim falar tudo o que sabe sobre corrupção no Brasil.
Segundo informações que circulam no eixo Rio-São Paulo-Curitiba, a defesa do deputado cassado, que está preso em Curitiba, avisou à Procuradoria-Geral da República que ele vai abrir a boca. Uma das condições do acordo, é ganhar liberdade a curto prazo, cumprindo o resto da pena em prisão domiciliar.
Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro na operação Lava Jato a uma pena de 15 anos e 4 meses de prisão por crimes de corrupção, de lavagem e de evasão fraudulenta de divisas.
Conhecido como uma bomba ambulante – mesmo atrás das grades – o ex-deputado peemedebista sempre teve fortes ligações com o presidente Michel Temer e outras figuras destacadas do PMDB, como Renan Calheiros, Romero Jucá e Jáder Barbalho.