Curso de guarda-vidas do Rio é referência para estados como Maceió, Bahia, Espírito Santo…

O treino é intenso, mas o motivo é nobre: salvar vidas. Na areia, sob o sol escaldante, eles seguem as orientações para não falhar na hora do socorro. No mar agitado, aprendem a atravessar a linha de arrebentação e ter resistências física e psicológica para socorrer vítimas de afogamento. A difícil tarefa tem sido uma constante na vida de 271 bombeiros que estão em treinamento para atuar como guarda-vidas nas praias do Rio. Os militares, que ingressaram na corporação por meio de concurso realizado em 2015, iniciaram o curso em agosto do ano passado e devem se formar no mês de março. A capacitação para guarda-vidas do Rio é referência para estados como Maceió, Bahia, Espírito Santo e Brasília.

Os novos bombeiros já realizaram aulas teóricas no Centro de Formação em Guadalupe. Atualmente, a turma já passa pela fase de estágio supervisionado nos finais de semana, podendo, em alguns casos, auxiliar em situações de salvamento.

– Trabalhamos a parte cardiorrespiratória e de força em diferentes solos e em mar aberto. Contamos com equipamentos como nadadeiras de resgate e boias flexíveis, que são aqueles coletes onde prendemos os afogados, e pranchões – disse um dos instrutores do curso, o subcomandante operacional do 2º Grupamento Marítimo, major Cristiano Aquino.

Formação é um desafio
Inspirada no pai, que sempre atuou como guarda-vidas, Maria da Purificação, de 27 anos, é uma das três mulheres que se preparam para socorrer vítimas de afogamento e realizar o trabalho de prevenção. Antes de atender a um chamado de socorro, os bombeiros previnem banhistas sinalizando trechos de mar bravo e grande correnteza.

– Imaginava que o curso não fosse fácil, mas só quando passamos pelo treinamento temos a real noção de como o curso é completo. Tenho que me superar todos os dias. É uma grande responsabilidade lidar com vidas – contou Maria.